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Mário Sarrubbo
Mário Sarrubbo (ao fundo) afirmou que, embora não seja bom, o período decorreu por causa das características do local das buscas.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, contrariou a fala do chefe, o ministro Ricardo Lewandowki, da Justiça, ao afirmar que o tempo de buscas dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) “não é bom”. A fala contrasta com a declaração do ministro dada logo após a recaptura dos detentos na quinta (4), de que o período de 50 dias de procura da dupla foi “razoável”.

Sarrubbo afirmou nesta sexta (5) que este tempo não era o esperado pelas equipes policiais que foram destacadas para a operação de busca, mas que foi o possível dado às características da área de procura próxima à penitenciária.

“Não era isso que nós pretendíamos, mas, quando você considera o local da fuga, complicado e complexo, com cavernas, densidade populacional e tudo mais, a geografia e todas as circunstâncias que envolveram esse fato, 50 dias acabou sendo, não é bom. Mas, enfim, conseguimos prender e terminamos com essa questão”, disse em entrevista à GloboNews.

Ainda segundo Sarrubbo, a investigação avançou para a captura com a integração das forças de Estado, como as polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), a partir do uso da inteligência para monitorar o caminho que poderiam estar fazendo.

A recaptura dos fugitivos ocorreu seis dias depois que a Força Nacional foi desmobilizada das buscas no Rio Grande do Norte, e que depois se descobriu que a dupla havia saído através do Ceará e estava a caminho do exterior.

“Quando se decidiu pela retirada da Força Nacional, aconteceu porque a nossa inteligência destacou que já estavam fora do perímetro. [...] O trabalho de inteligência passou a ser de perseguir os locais por onde eles passavam e a gente foi trabalhando já sabendo mais ou menos qual era a ideia do caminho – pretendiam ir para o exterior, já estava no radar da PF e PRF”, completou.

Lewandowski disse, na entrevista coletiva pouco depois da recaptura, que o tempo de busca de 50 dias “segue os paradigmas internacionais de localização de fugitivos de penitenciária, além disso temos um país de dimensões continentais”.

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Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, retornaram à penitenciária de Mossoró na madrugada desta sexta (5) e agora estão em celas separadas com monitoramento constante. A própria penitenciária teve a segurança reforçada e a direção substituída.

Entre os diretores substituídos, Humberto Gleydson Fontinele Alencar havia sido afastado no dia da fuga e foi oficialmente exonerado do cargo também nesta sexta (5). Segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), a dispensa definitiva será retroativa e começará a ser contada já a partir do dia 14 de fevereiro.

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