A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (INTELIS) criticou nesta quinta-feira (11) o uso do termo “Abin Paralela”.
O termo vem sendo usado nas investigações da Polícia Federal (PF) que apuram o monitoramento ilegal feito durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A PF investiga, desde outubro do ano passado, um suposto esquema de espionagem ilegal de pessoas públicas que eram consideradas opositoras a Bolsonaro, no período em que a agência era dirigida por Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral e agora deputado federal pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.
Em nota, os profissionais dizem que é “errônea” a vinculação do nome da agência a uma “estrutura paralela ao Estado".
“O que os fatos revelam são pessoas externas às carreiras de inteligência inseridas no órgão para atuar de forma não republicana”, declaram.
A INTELIS também diz lamentar “a repetição cíclica de episódios que sujam a imagem do fundamental aparato de inteligência de Estado por agentes externos, que depois saem de seus cargos e deixam os ônus de suas acoes para os servidores orgânicos”. “Esperamos que os responsáveis paguem por seus desvios”, reforçam.
Por fim, eles cobram “legislações de modernização” para evitar novas crises, assim como impedir que "atores externos sigam destruindo a imagem do sistema de inteligência brasileiro”.
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