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Funcionários do IBGE param por 24 horas e protestam contra mudança de prédio, no Rio
Protestos organizados por servidores do IBGE são contra “autoritarismo” de Pochmann no órgão| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lotados em uma agência no centro do Rio de Janeiro (RJ) resolveram paralisar os serviços por 24 horas, nesta terça-feira (15), ao mesmo tempo em que realizam um protesto por conta da mudança de endereço da agência.

De acordo com representantes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE (AssIBGE-SN), a mudança da Unidade Chile, localizada na avenida de mesmo nome, no centro do Rio, para um prédio do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), no bairro do Horto, está sendo conduzida de forma autoritária pelo presidente do IBGE, Marcio Pochmann.

Segundo informações do sindicato, além de o novo local ser de difícil acesso, não houve diálogo sobre a possível mudança.

Após uma reunião do sindicato, no dia 10 de outubro, os funcionários enviaram um ofício à presidência do Instituto pedindo uma reunião específica para tratar do tema.

Lupi cobra Pochmann publicamente sobre oferta de prédio

Também no dia 10 de outubro, Pochmann e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, se desentenderam durante um seminário realizado pelo IBGE no prédio do Ministério, em Brasília.

Na ocasião, Lupi cobrou de Pochmann uma decisão sobre uma oferta de compartilhamento de um prédio do INSS, no Rio de Janeiro, próximo da Unidade do Chile.

Enquanto era cobrado pelo ministro, Pochmann ficou visivelmente desconfortável.

Lupi disse que apenas 30% do prédio está sendo usado e que o compartilhamento do local ajudaria a economizar recursos públicos, já que não seria necessário gasto com aluguel.

Ao falar pouco antes do encerramento do evento, Pochmann voltou ao assunto, agradeceu ao ministro, mas disse que a questão no Rio de Janeiro já está resolvida.

Pochmann recusou oferta do ministro

Segundo Pochmann, técnicos visitaram o prédio do INSS e constataram não ser possível uma mudança imediata para o local.

Pochmann disse que um relatório técnico apontou que seria necessário um gasto de R$ 100 milhões para deixar o prédio em condições de receber os funcionários do IBGE.

Lupi interrompeu a fala de Pochmann e questionou a existência do relatório. Pochmann não indicou como o ministro poderia ter acesso ao documento.

Desde que foi nomeado para o IBGE, em agosto de 2023, Pochmann tem enfrentado protestos dos servidores do Instituto, que reclamam da sua gestão.

Servidores alertam para "risco institucional"

O impasse com o prédio no Rio de Janeiro é apenas mais um problema enfrentado pela gestão de Pochmann.

No fim do mês passado, a Associação dos Trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (AssIBGE) emitiu um comunicado alertando sobre “considerável risco institucional” e reclamando da falta de diálogo com Pochmann.

As principais reclamações dos servidores do IBGE dizem respeito à "constituição de uma fundação de direito privado e a uma possível reforma de seu estatuto".

A categoria também reclama do regime de trabalho. É que no fim de agosto o IBGE publicou uma portaria colocando fim ao teletrabalho integral.

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