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Decreto de armas

General do Exército nega atrito com Polícia Federal por fiscalização de CACs

General Soares
General Fernando José Sant"Ana Soares diz que "não há problema" em passar fiscalização de CACs à PF. (Foto: CMO/EB)

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O chefe do Estado-Maior do Exército brasileiro, general Fernando José Sant’Ana Soares, negou que a transferência da atribuição de fiscalizar os registros de caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) de armas para a Polícia Federal tenha gerado algum atrito com a corporação.

A transferência foi determinada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada e faz parte do decreto que endureceu as restrições para o acesso de armas a civis. Até então, o Exército era responsável pela fiscalização da posse e porte dos armamentos e munições.

“Esse não é um assunto de [Ministério da] Defesa. Por lei tínhamos até agora a fiscalização do CAC e o governo decidiu passar parte dessas atribuições para outros órgãos. Não há problema”, disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo publicada nesta sexta (28).

A edição do novo decreto vem sendo alvo de dúvidas e críticas de especialistas por retirar do Exército essa atribuição que, segundo especialistas, seria garantida em lei. Uma das justificativas do governo para a transferência é de que os militares não teriam efetivo suficiente para fiscalizar os CACs.

Por outro lado, especialistas afirmaram também que a própria Polícia Federal é que não teria pessoal para fazer a fiscalização. Independente disso, Soares diz que sempre teve um “ótimo relacionamento” com os agentes.

“Eu mesmo participei de vários eventos em conjunto com ele quando, por exemplo, fui Chefe do Estado-Maior do Leste durante as Olimpíadas. Nunca tivemos nenhum problema com a PF ou com a Polícia Rodoviária Federal”, completou.

O novo decreto presidencial que endurece as restrições para o acesso a armas por civis ainda gera dúvidas que estão sendo gradativamente respondidas pela Polícia Federal.

Uma delas em referência aos armamentos restritos, como o de revólveres de calibre 38 para agentes de vigilância privada – as novas regras não atingem a atuação destes profissionais, informou a PF na quinta (27).

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