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Presidente interino

De picuinhas a Angela Merkel: 5 comentários políticos de Mourão na capital da Lava Jato

O vice-presidente, General Hamilton Mourão, participa de solenidade no Regimento de Polícia Montada, em Curitiba, nesta sexta (28). (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, esteve em Curitiba para participar de uma série de eventos, nesta sexta (28). Ele ocupa interinamente a presidência, enquanto Jair Bolsonaro participa da cúpula do G-20, em Osaka, no Japão.

Mourão participou da comemoração dos 140 anos Regimento da Polícia Montada, o mais antigo do Paraná. Lá recebeu a medalha heroica da cavalaria e disse que desde a infância pratica “a arte equestre”. Esse foi o único evento em que a imprensa teve acesso.

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Pela manhã, o presidente em exercício esteve na Associação Comercial do Paraná (ACP), onde concedeu uma palestra para associados. A noite, Mourão participa de um evento no Graciosa Country Club, exclusivo para sócios.

1 - Adaptações e picuinhas

Sobre os primeiros seis meses de gestão, Mourão disse que o governo tem  buscado um equilíbrio, mas que erros aconteceram e adaptações foram feitas. Também relembrou o atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro: “Após o período de recuperação, ele pode se dedicar com toda a sua energia ao nosso governo”.

No evento da ACP, de acordo com a assessoria da instituição, o presidente interino falou que existiram "picuinhas internas e desnecessárias", mas que diminuíram, e que fazem parte de um período de adaptação de um novo governo. “Houve erros, ninguém acerta sempre. Mas o copo sempre esteve meio cheio e não meio vazio”, afirmou em entrevista.

2 - Acordo entre União Européia e Mercosul

Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro fechou o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, durante a cúpula do G-20. “É excelente, é algo que se buscava há 20 anos”, disse Mourão sobre o tema. Ele classificou o feito como  “uma grande vitória do governo do presidente Bolsonaro, junto obviamente com os outros países que compõe o Mercosul”.

3 - Rusgas com outros países

“Em relação às declarações da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, é importante que ela conheça realmente a realidade do Brasil, porque muita coisa é de ouvir falar”, afirmou Mourão sobre as críticas feitas pela chanceler as medidas relacionadas ao meio ambiente do governo brasileiro. Merkel disse considerar a situação no Brasil “dramática” e que pretende conversar com Bolsonaro sobre o tema. Neste sentido, Mourão lembrou brevemente sobre a legislação brasileira que obriga a preservação mínima de áreas verdes em planaltos de produção agrícola.

Leia mais: O que o Brasil tem a ensinar à Alemanha no meio ambiente. E o que pode aprender

4 - Prisão na Espanha

“O culpado já existe” e tanto Espanha, quanto Brasil procuram investigar as conexões, disse Mourão sobre o militar preso com drogas em Sevilla, na Espanha, com 39 kg de cocaína. No evento realizado na ACP, o presidente em exercício teria dito que o militar “estava em dificuldades financeiras e resolveu tentar a via mais fácil”, de acordo com divulgação da assessoria da instituição.

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5 - Política e Reforma 

"A vida política requer que você tenha clareza, determinação para buscar seus objetivos, [exige] paciência e que negocie: isso é política", ressaltou Mourão ao ser perguntado sobre polêmicas nas redes sociais. O presidente em exercício comparou a o exercício da política com as negociações que se faz dentro de casa com os filhos. "É a mesma coisa que a gente tem fazer com o Congresso, com o Judiciário, com os governadores e prefeitos".

Para os presentes na Associação Comercial do Paraná, Mourão disse ainda acreditar que a reforma da Previdência deve ser aprovada, não exatamente como o governo quer, mas mantendo R$ 800 bilhões em economia para os próximos anos.

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