O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta sexta-feira (1º) que os magistrados da Corte não são odiados pela maioria da população brasileira. O decano fez referência a uma fala do advogado e desembargador aposentado Sebastião Coelho da Silva, que defendeu o primeiro réu julgado no STF pelos atos de 8 de janeiro. Durante o julgamento, Silva disse que os ministros do Supremo são "as pessoas mais odiadas deste país".
“Recentemente, na tribuna do Supremo, um advogado disse que nós éramos pouco amados ou até mesmo odiados. Certamente, não somos pela maioria da população. Mas, é claro, o papel da contramajoritariedade é muito difícil, ele muitas vezes leva a atitudes de incompreensão e antipatia”, disse Gilmar Mendes no 3º Congresso Internacional dos Tribunais de Contas realizado em Fortaleza (CE).
Em setembro, Sebastião Coelho da Silva criticou duramente a atuação dos ministros da Corte. “Nessas bancadas aqui, nesses dois lados, senhores ministros, estão as pessoas mais odiadas deste país. Infelizmente, quantas fotos eu tenho com ministros desta Corte. Muitas, muitas. Não vim ao velório de Sepúlveda Pertence, uma pessoa que eu amava muito, para não dizer que estava afrontado esta Corte. Mas vossas excelências têm que ter a consciência que são pessoas odiadas neste país. Essa é uma realidade que alguém tem que dizer isso diretamente“, declarou o desembargador aposentado na ocasião.
O STF condenou o técnico de saneamento Aécio Lúcio Costa Pereira, defendido por Silva, pela invasão e depredação do Senado no dia 8 de janeiro. Por maioria, a Corte fixou a pena em 17 anos de prisão, multa de R$ 44 mil e pagamento por danos morais coletivos de R$ 30 milhões, a serem divididos com outros réus que vierem a ser condenados.
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