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Para Gilmar Mendes, a ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal “reforça a composição” da Corte
Para Gilmar Mendes, a ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal “reforça a composição” da Corte| Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Ao falar sobre a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes disse que Dino é “uma pessoa de perfil jurídico sólido e de perfil político bem desenhado”.

Para Gilmar, a ida de Dino para o Supremo “reforça a composição” da Corte.

A declaração foi dada durante entrevista concedida à Folha de São Paulo, nesta quinta-feira (30).

Apontado como um dos principais avalistas da indicação de Flávio Dino para o Supremo e de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Gilmar Mendes tentou minimizar sua influência sobre o presidente Lula (PT).

“Quando surgem nomes, a gente (contribui) eventualmente, se as autoridades responsáveis pela designação pedem sugestões e tal. Às vezes me permito sugerir ou fazer considerações”, disse Gilmar ao afirmar que havia uma dificuldade do governo para indicar nomes para os cargos.

Gilmar negou que tenha advogado em favor de Dino, mas disse ter “uma vida em comum” com o atual ministro da Justiça.

“Em algum momento as linhas se cruzam. Trabalhei com ele aqui na época do (Nelson) Jobim, na reforma do Judiciário. Ele era juiz, eu era procurador da República. Depois trabalhamos juntos na implementação da reforma da emenda constitucional 45, de 2004. Depois, quando ele decidiu ir para a política, nós trabalhamos no projeto do chamado Pacto Republicano. Ele apresentou vários projetos de lei daquele pacto, o segundo pacto que nós tínhamos feito. E, posteriormente, ele foi, inclusive, diretor do IDP, quando perdeu a eleição para governador, na primeira vez, e trabalhou conosco. É professor dos meus filhos. Temos uma relação de muita proximidade, mas é só isso”, contou Gilmar.

Ao falar sobre suas expectativas a respeito do trabalho que poderá ser desempenhado pelo no PGR, Gilmar disse que “ele terá uma atividade mais articulada e coordenada com as investigações em curso (do 8 de janeiro), inclusive com o papel que hoje desempenha o ministro Alexandre”.

Para Gilmar, Paulo Gonet terá maior sintonia com a Polícia Federal (PF) e “dará atenção política que o episódio (8 de janeiro) merece”.

O decano da Suprema Corte também falou sobre a decisão recente do STF que determinou que jornais poderão ser punidos por falas de entrevistados.

Gilmar disse ter ouvido críticas de jornalistas e admitiu a possibilidade de ajustes na decisão com o objetivo de ”encontrar uma boa fórmula para dar segurança e evitar injustiças".

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