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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Polícia Federal que investigue um homem que o teria hostilizado e à própria Corte no dia 26 de março no aeroporto de Lisboa, em Portugal.
Mendes encaminhou um ofício ao diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, relatando como teria sido o que ele chama de tentativa de intimidação para “desestabilizar o funcionamento da instituição”. A suposta hostilidade, diz, ocorreu durante a conexão de voos que fazia em meio a viagem de Brasília a Berlim, na Alemanha.
Segundo o magistrado, o homem teria dito que ele e o STF “são uma vergonha para o Brasil e para o todo povo de bem”. “Só isso, tá. Infelizmente, um país lindo como o nosso está sendo destruído por pessoas como você”, teria dito.
“Ao agir dessa forma, o imputado almejou intimidar Ministro do Tribunal, para desestabilizar o funcionamento da instituição. Não é necessário grande esforço para demonstrar que a iniciativa se encaixa em um movimento articulado e coordenado de ataques aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, organizado por extremistas e detratores da democracia”, escreveu Gilmar Mendes no ofício enviado à PF no dia 27 de março e que a Gazeta do Povo teve acesso nesta quarta (3).
O magistrado afirmou, ainda, que o homem postou o vídeo nas redes sociais para “atingir um público indeterminado e ampliar os danos causados à minha imagem e a da Suprema Corte”.
Informações da Polícia Federal apontam que o homem foi identificado como Ramos Antonio Nassif Chagas, servidor público de autarquia federal em Minas Gerais. A autoridade foi procurada pela reportagem e não quis se pronunciar sobre a investigação.
A reportagem não conseguiu contato com Chagas.
