O presidente da Embratur, Gilson Machado, foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro e aceitou assumir o comando do Ministério do Turismo. Ele substituirá Marcelo Álvaro Antônio, demitido após desentendimentos com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos.
Amigo pessoal de Bolsonaro, o novo ministro é conhecido por acompanhar o presidente em viagens pelo Brasil e por ser figura constante nas “lives” presidenciais, em que costuma tocar sanfona. A previsão é que ele comande o ministério em um mandato “tampão”. Uma nova mudança deve ocorrer a partir de fevereiro, quando uma reforma ministerial está prevista.
Gilson Machado é aliado de Bolsonaro desde a campanha presidencial e participou da equipe de transição. Antes de ser nomeado presidente da agência de fomento ao turismo, atuava como secretário nacional de Ecoturismo e Cidadania Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente, onde também exerceu o cargo de secretário de Florestas.
No fim de junho, Machado, que é de Recife, ganhou destaque depois de tocar “Ave Maria” na sanfona durante uma transmissão ao vivo do presidente. A música foi uma homenagem às vítimas da Covid-19. Naquele dia, 25 de junho, o país registrava mais 55 mil mortes pelo novo coronavírus. Ele chegou a dar aulas do instrumento ao presidente.
O novo ministro do Turismo também participou da criação do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente e seus filhos tentam criar. Na noite de terça-feira (8), ele esteve no lançamento do Instituto Conservador-Liberal do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.
Machado estava em um evento do setor quando foi convocado para falar com o presidente na tarde desta quarta. Ele chegou ao Palácio do Planalto pouco antes das 15 horas e deixou o gabinete presidencial cerca de 45 minutos depois, sem dar declarações.
Gilson Machado ocupa posto após demissão de Álvaro Antônio
A demissão de Marcelo Álvaro Antônio do Ministério do Turismo foi o desfecho de uma queda de braço entre ele e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Os dois entraram em atrito em função da pretensão de Ramos de abrir espaço na Esplanada dos Ministérios para aliados, especialmente do Centrão, que venham a somar votos na eleição da Câmara.
Recentemente, Álvaro Antônio teria cobrado Ramos e discutido de forma ríspida com ele no grupo de WhatsApp dos ministros. Após esse episódio, a situação do agora ex-ministro do Turismo ficou insustentável. Álvaro Antônio foi demitido após se reunir com Bolsonaro na tarde desta quarta. Ele agora vai reassumir o mandato como deputado federal pelo PSL de Minas Gerais.
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