O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou a atuação do Senado em meio ao embate entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter). Girão defendeu a abertura de um processo de impeachment contra Moraes.
Neste final de semana, o empresário disse que não cumpriria as determinações da Corte para manter bloqueados perfis de investigados por supostos atos antidemocráticos. Após a repercussão, o magistrado incluiu Musk no inquérito das “milícias digitais”.
“O Senado pode e deve se posicionar, analisando pedidos de impeachments [de ministros do STF]. Se agora o Senado não sair dessa omissão culposa que ele está, para que serve o Senado mesmo? Para fazer figuração?”, questionou Girão em entrevista à TV Senado.
Para o parlamentar, basta que um dos processos de impeachment contra ministros do STF seja analisado para que “haja o reequilíbrio entre os Poderes da República”. Girão acredita que o Brasil vive “uma nova ditadura do Poder Judiciário” e que a democracia brasileira “está em frangalhos”.
“Milhões de brasileiros só podem orar, mas nós, senadores, temos o dever político e moral de cumprir com nossas prerrogativas constitucionais e abrir imediatamente um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes”, disse Girão no plenário do Senado.
O senador afirmou que “restrições, bloqueios, controle e censura nas redes sociais” só ocorrem em “ditaduras como a Rússia, como o Irã, a China e a Coreia do Norte, dentre outras”. Ele destacou que vê o Supremo como um “tribunal político”.
“O desejo desse atual governo federal em controlar as redes sociais – e aí existe um alinhamento ideológico e político com alguns ministros do Supremo para regulamentar a censura – já vem desde os primeiros dias da posse, quando a Secom criou uma ‘rede’ de defesa da verdade. São os donos da verdade”, disse.
Girão criticou ainda a criação do "Grupo Especial de Defesa da Democracia (GEDD)” pela Advocacia-Geral da União (AGU) para acompanhar as investigações dos atos de 8 de janeiro. O parlamentar classificou a iniciativa como “tribunal da verdade”
“Nomes pomposos que não conseguem esconder o real propósito [do governo] de censurar todas as forças conservadoras deste país”, enfatizou. O senador afirmou ainda que o “comportamento ditatorial vem se consolidando e se agravando através dos inquéritos das fake news e do dia 8 de janeiro”, relatados por Moraes.
“Estamos diante de um caso de grave insegurança jurídica e democrática em nossa nação”, apontou. Girão disse que o inquérito das milícias digitais é "abusivo" e que o "grito de socorro do povo brasileiro" foi ouvido por Musk, mas não pelo Congresso, que "vive um clima de medo".
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF