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A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).| Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), acusou neste domingo (17) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “chantagear” candidatos à presidência da Câmara pela aprovação de um projeto de lei que garanta a ele anistia. O ex-mandatário é alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder. A eleição para a escolha do substituto de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa ocorrerá em fevereiro de 2025.

“O cara que diz não ter medo de ser preso só pensa em ser anistiado! É estarrecedora a notícia de que Jair Bolsonaro está chantageando os candidatos à presidência da Câmara, com a exigência de apoio prévio a uma anistia pelos crimes que cometeu. O bolsonarismo, a extrema-direita e os golpistas continuam ameaçando o país e envenenando a democracia. Precisam ser contidos e punidos enquanto é tempo”, disse a parlamentar em publicação no X.

Durante uma manifestação, no dia 25 de fevereiro, Bolsonaro defendeu a aprovação de um projeto de anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

"O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do parlamento brasileiro, Nikolas, Gayer, Zucco, Feliciano, meus colegas aqui do lado, é uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos que seus filhos sejam órfãos de pais vivos", disse o ex-presidente na ocasião.

Pelo menos cinco propostas sobre o tema tramitam na Câmara e outras duas propostas estão em análise em comissões no Senado. Caso alguns dos projetos sejam aprovados, ainda pode enfrentar uma judicialização no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro já afirmou que quem decide sobre uma eventual anistia é o Congresso, entretanto, ressaltou que a proposta deveria partir do Executivo.

Ele ressaltou que acha "difícil" que o governo interceda pelos acusados do 8 de janeiro. “Isso [a anistia] tem que vir mais do lado de lá. Eu sei que o parlamento é um ente que decide essa questão. Mas, partindo do Executivo, seria muito bem-vindo. Acho difícil”, afirmou o ex-presidente em entrevista concedida ao programa Oeste Sem Filtro, da Revista Oeste, no dia 27 de fevereiro.

"O golpe não foi consumado, mas isso não inocenta seus mentores, financiadores e muito menos seu chefe, porque o crime está comprovado. Por isso eles falam em anistia, sujando em sua boca uma palavra de tanto significado na história das lutas democráticas", disse Gleisi nas redes sociais.

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