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Reforma Ministerial

Gleisi admite que PT pode perder espaço no governo para o Centrão

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR)
A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT. (Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados)

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A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o partido não deseja perder espaço no governo, mas está disposto a não hesitar em "faltar" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se isso for necessário e importante para garantir a governabilidade.

“O PT já fez um esforço grande na composição de ministérios. Teve gente que disse que o PT ficou com muitas pastas, mas não é verdade. O PT é grande, é o partido do presidente da República e tem a responsabilidade de sustentar a aliança que o elegeu. Mas o PT tem a compreensão do que significa ter uma composição política”, disse em entrevista ao jornal O Globo.

Questionada sobre a possibilidade de Lula "blindar" as ministras mulheres, Gleisi Hoffmann respondeu que o governo precisa de uma base sólida no Congresso Nacional. Ela ressaltou que a composição inicial do governo não foi capaz de garantir os votos necessários, e a busca por apoio em projetos importantes requer negociações.

Gleisi enfatizou a importância de evitar um governo instável, que precise negociar a cada projeto apresentado. “O governo não pode viver de solavanco, a cada projeto ter que ficar ali, negociando. Pode não ser uma base permanente para aprovar um Projeto de Emenda Constitucional (PEC), mas para aprovar projetos importantes. Isso necessita de negociação […] Esse é um aspecto matemático da política”, disse.

A declaração de Gleisi segue na esteira da minirreforma ministerial envolvendo três pastas: Turismo, Desenvolvimento Social e Esportes. Cobiçadas pelo Centrão, os ministérios estão sendo negociados em troca de apoio parlamentar para a votação de propostas. O comando da Caixa Econômica Federal (CEF), atualmente feito por Rita Serrano, também está na discussão.

Buscando amenizar a situação, Gleisi apontou a existência de um “aspecto simbólico” a ser considerado na possível reforma ministerial. “Se tem alguém que tem compromisso com a diversidade e que exerce e já exerceu o poder é Lula. Não teve nenhum outro líder político com o compromisso dele. Às vezes, me parece que cobram exacerbadamente do Lula uma entrega que nenhum outro faz”, declarou.

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