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Ataque nos EUA

Gleisi diz que Bolsonaro defende tortura e que violência política é “prática da extrema-direita”

Gleisi Hoffmann
Presidente do PT ainda afirmou que a "violência política é prática da extrema-direita". (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda (15) e o associou à violência política. Embora não tenha citado uma referência à fala, a declaração ocorre em meio às investigações do atentado deste final de semana contra o ex-presidente Donald Trump, nos Estados Unidos.

Trump sofreu um ferimento na orelha durante um tiroteio em meio a um comício na Pensilvânia e foi retirado pelos seguranças. O atirador foi executado pelas autoridades, mas uma pessoa morreu na plateia e outras duas ficaram gravemente feridas.

“A violência política sempre foi uma prática da extrema-direita, não apenas contra seus adversários, mas contra a democracia”, disse Gleisi pelas redes sociais.

Ela emendou afirmando que “quem se associa ao nazismo e ao fascismo, à repressão e aos assassinatos da ditadura, não tem autoridade para falar sobre esse tema. É o caso do inelegível, que até hoje defende tortura e os torturadores”.

No começo da tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o atentado a Trump "empobrece a democracia" e que é preciso “condenar qualquer manifestação antidemocrática que aconteça em qualquer lugar do mundo, seja pela direita, seja pela esquerda”.

“Ao invés de ficar analisando se alguém perde ou ganha com isso, o que nós temos que ter certeza, é que a democracia perde. Os valores do diálogo, os valores dos argumentos, os valores de sentar em forma de uma mesa da forma mais diplomática para encontrar soluções para os problemas, vai indo pelo ralo”, completou Lula.

Ainda durante o final de semana, Lula defendeu que o atentado seja “repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política”.

A fala, no entanto, contrasta com recentes declarações contra Trump, em que o chamou de “cidadão mentiroso” e que a eleição nos Estados “a depender de quem ganha, pode melhorar ou piorar o mundo”.

“O mundo precisa ficar mais humano, solidário, fraterno, mais humanista. As pessoas estão muito raivosas, muito irritadas”, pontuou.

Em outra declaração a favor de Biden e contra Trump, em fevereiro, Lula afirmou que “obviamente acho que o Biden é mais garantia para a sobrevivência do regime democrático no mundo e nos Estados Unidos”.

O serviço secreto dos Estados Unidos anunciou que instaurou uma investigação e trabalha com a possibilidade de um “terrorismo doméstico”.

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