O artigo assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), publicado na Folha de São Paulo no domingo (10), gerou repulsa na esquerda brasileira. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann classificou como “repugnante” a publicação do texto em que Bolsonaro critica o inconformismo da esquerda com o êxito da direita. “É repugnante essa tentativa de normalizar um extremista”, disse a petista.
Em publicação feita no “X” na manhã desta segunda-feira (11), Gleisi disse que ler o artigo de Bolsonaro sobre democracia é "parecido com ler artigo de um assassino defendendo o direito à vida”. “É como apagar da memória do país que o inelegível chefiou uma tentativa de golpe armado contra o presidente eleito, com gente que planejava o sequestro dos presidentes da República e do STF; que tentou sabotar o processo eleitoral e fraudar o resultado”, continuou a petista, se referindo a suposta ligação do ex-presidente aos atos de 8 de janeiro.
Gleisi disse ainda que Bolsonaro “prega o ódio e pratica a violência contra qualquer opositor, até mesmo em seu campo”.
Aliados de Bolsonaro reagem e senador diz que Gleisi é "fã de Maduro"
Logo após a publicação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, aliados de Bolsonaro repercutiram a manifestação de Gleisi, mencionando o apoio do partido ao ditador da Venezuela, Nicolas Maduro.
O senador Magno Malta (PL-ES) chamou Gleisi de "fã do regime de Maduro” e disse achar “engraçado” que a petista tenha se incomodado com o texto do Bolsonaro sobre democracia. “Pra o PT, o modelo de democracia é o da Venezuela!”, escreveu o senador em publicação no seu perfil no “X”.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) ironizou a publicação de Gleisi. “Maduro curtiu esse seu Tweet e mandou agradecer por vocês terem assinado a resolução do Foro de São Paulo que reconhece o resultado da eleição fraudulenta na Venezuela”, disse Jordy ao se referir a um documento elaborado em uma reunião do grupo de trabalho. Apesar da afirmação de Jordy, não é possível afirmar que o ditador curtiu a publicação feita pela petista. Na resolução mencionada por Jordy, os partidos que integram o grupo do Foro de São Paulo, incluindo o PT, se solidarizaram com o regime da Venezuela e reconheceram a vitória do ditador Nicólas Maduro.
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