A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), saiu em defesa do jornalista de esquerda, Breno Altman, contra supostas ameaças escritas em mensagens de um grupo privado no WhatsApp.
Altman gerou revolta ao comemorar a entrada do Hezbollah na guerra contra Israel e comparar judeus a ratos logo após a deflagração do conflito.
“São inaceitáveis as ameaças contra o jornalista Breno Altman, a quem externamos solidariedade, por parte de radicais sionistas que tentam impedir seu direito de expressão e de opinião. Utilizam o mesmo método de propagar ódio e violência que utilizaram os nazistas contra o povo judeu. Os mesmos que ameaçam o jornalista também disseminam listas de pessoas a serem ‘canceladas’, nas quais meu nome foi incluído. Certamente porque defendemos a paz e o direito dos palestinos construírem seu próprio estado soberano, ao lado de Israel. Que sejam responsabilizados e punidos os autores dessas ameaças covardes”, escreveu Hoffmann em seu perfil na rede social X, nesta segunda-feira (16).
As “ameaças” contra o jornalista foram divulgadas pelo site Brasil 247. Prints de conversas de um grupo identificado como “JewPolitics” mostram perfis revoltados com as declarações de Altman.
Em uma das mensagens, um participante insulta Altman e fala em “dar porrada” para fazer o jornalista parar de escrever “merda”. Ao todo, o grupo era formado por 299 participantes.
Após a matéria do Brasil 247, o administrador do grupo disse que o número de membros cresceu rapidamente, o que teria inviabilizado a moderação dos comentários. O grupo foi suspenso na sequência.
Entre as posições polêmicas defendidas por Altman, está a crítica ao governo petista pela tentativa de igualar as responsabilidades dos dois lados do conflito.
Para Altman, não basta não chamar o Hamas de terrorista, é preciso condenar as reações de Israel ao massacre planejado e executado pelos terroristas contra civis desarmados, incluindo mulheres, idosos e crianças.
De origem judaica e com longo histórico de militância da esquerda, o jornalista defende a narrativa de que o Hamas está apenas reagindo contra um suposto colonialismo de Israel.
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