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Gleisi diz que alta da Selic “é péssima para o país”, mas poupa Galípolo

Gleisi critica alta da Selic, mas poupa Galípolo
Apesar de ter sido uma decisão unânime, Gleisi poupou Galípolo das críticas. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quarta-feira (29) que o aumento da taxa básica de juros “é péssima para o país” e não funciona para conter o avanço da inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. Apesar de ter sido uma decisão unânime, Gleisi poupou o novo presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, das críticas.

“Neste momento sabemos que não resta muita alternativa ao novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. Restam desafios para reposicionar as expectativas do mercado e a orientação da instituição que dirige”, disse a deputada federal no X.

Na última reunião de 2024, o BC elevou a Selic em 1 ponto percentual e alertou para duas altas consecutivas da mesma magnitude. A reunião desta tarde foi a primeira comandada por Galípolo e a nova diretoria da autarquia. O ex-presidente da instituição, Roberto Campos Neto, era alvo constante de críticas de Gleisi.

“O novo aumento da taxa básica de juros, já determinado desde dezembro pela direção anterior do Banco Central e anunciado hoje, é péssimo para o país e não encontra qualquer explicação nos fundamentos da economia real”, afirmou a parlamentar.

Ela considera que a decisão do Copom “vai tornar mais cara a conta da dívida pública, sufocar as famílias endividadas, restringir o acesso ao crédito e o crescimento da atividade econômica”.

Gleisi diz que alta da Selic não segura avanço da inflação

O colegiado afirmou que a elevação da Selic "é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante". Para a petista, “nem mesmo os agentes do mercado acreditam na apregoada eficácia anti-inflacionária da política contracionista que foi imposta ao país”.

“Tanto assim que, mesmo após os novos choques de juros, o Boletim Focus desta semana projetava um IPCA de 5,5% para 2025, e não a redução prometida pela escalada dos juros”, disse a presidente do PT.

Os analistas do mercado financeiro elevaram a expectativa de inflação neste ano para 5,5%, acima do teto da meta fiscal do governo, de 4,5%, segundo o relatório Focus divulgado na segunda (27).

“O comunicado do BC sobre inflação de 2024 comprova a relevância muito maior da taxa de câmbio sobre a variação ligeiramente acima da meta do ano, do que pelo crescimento da economia e do emprego, sempre punidos com a elevação indiscriminada dos juros”, apontou.

A escalada do dólar começou no dia 27 de novembro com o anúncio do pacote fiscal do governo. O mês de dezembro foi marcado por altas recordes no valor de fechamento da moeda americana, que só começou a operar em baixa em meio a incerteza no cenário econômico global após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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