A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o comportamento do agora ex-comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, caracterizou uma insubordinação inadmissível e que o presidente Lula (PT) agiu com firmeza para garantir o cumprimento da Constituição. As declarações foram feitas no sábado (21), logo após o governo anunciar a exoneração de Arruda.
“O presidente Lula atuou mais uma vez com firmeza para garantir a Constituição Federal e as prerrogativas de comandante das Forças Armadas. O comportamento do ex-comandante do Exército caracterizou insubordinação inadmissível perante ameaças à democracia e de partidarização da Força. A democracia rejeita qualquer tutela sobre os poderes civis que emanam do voto popular. Crise haveria se o presidente Lula não tivesse atuado em defesa da Constituição”, escreveu a parlamentar em suas redes sociais.
O novo comandante do Exército nomeado por Lula (PT) é o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que era o segundo na lista de militares que poderiam assumir o posto conforme o critério de antiguidade. Ele é o atual comandante militar do Sudeste e recentemente fez um longo discurso pregando a confiança no resultado das urnas e Forças Armadas apartidárias. Logo após o anúncio da mudança o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, declarou que houve uma “fratura num nível de confiança” para justificar a exoneração de Arruda.
Após os ataques aos prédios dos Três Poderes, no último dia 8, a relação entre Lula e o general Arruda passou a ficar fragilizada. Um dos motivos foi que o então comandante do Exército teria impedido a entrada de policiais militares do Distrito Federal no acampamento montado por manifestantes em frente ao Quartel General após os atos de vandalismo.
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