A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou na noite desta quarta (13) que as explosões registradas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e próximo ao Congresso remete aos atos de 8 de janeiro de 2023. Tanto para ela como para parte da esquerda, há indícios de motivação política, embora nenhuma conclusão tenha sido apontada pelas autoridades.
“Os gravíssimos fatos desta noite na Praça dos Três Poderes repetem o cenário, os alvos e a violência do 8 de janeiro. O carro com explosivos na Câmara dos Deputados é de um candidato a vereador do PL de Santa Catarina”, disse nas redes sociais sem provas e sem uma confirmação oficial da polícia.
Ainda de acordo com ela, “são muitos elementos que nos alertam para permanecer vigilantes em defesa da democracia. Sabemos quem são seus inimigos e saberemos defende-la mais uma vez”.
À Gazeta do Povo, a polícia informou que, até o fechamento desta reportagem, não sabia o motivo das explosões.
Um pouco mais cedo, a Polícia Federal informou que abriu um inquérito para apurar as três explosões que vitimaram uma pessoa.
“A Polícia Federal investiga as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um inquérito policial será instaurado para apurar os ataques”, disse a autoridade em nota.
Ainda de acordo com a PF, foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição para conduzir as ações iniciais de segurança e análise do local.
Toda a área da Esplanada dos Ministérios e dos prédios da Praça dos Três Poderes foi isolada pelas autoridades, que procederam uma varredura em busca de mais artefatos.
As explosões ocorreram no começo da noite quando um homem caminhava com os artefatos pela praça em frente à sede do STF. Ele morreu com o estouro de um deles. Um carro no estacionamento da Câmara também teve uma explosão.
“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, disse o STF em nota.
O departamento de comunicação do STF informou que o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, falou por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); com o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues; com a vice-governadora do DF, Celina Leão; e por mensagem com o governador Ibaneis Rocha. "Está acompanhando a ocorrência e diretamente em contato com a segurança do STF", completou.
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