A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta sexta (22) os R$ 4,9 bilhões do Orçamento de 2024 reservados para o fundo eleitoral das eleições municipais do ano que vem. O valor é o mesmo da eleição presidencial de 2022 e mais que o dobro do pleito municipal de 2020, de R$ 2 bilhões.
O valor recorde para financiar a campanha eleitoral do ano que vem foi aprovado pelo Congresso na Lei Orçamentária Anual (LOA) na tarde desta terça (22), que inclui o aumento das emendas parlamentares para R$ 53 bilhões e a redução dos investimentos do Novo PAC para R$ 54 bilhões – antes, o governo havia reservado R$ 61,3 bilhões.
Gleisi afirma que o valor reservado para o fundo eleitoral é justo principalmente para financiar as novas candidaturas e que, pelo menos dentro do PT, os valores são distribuídos igualmente para bancar as contas. Segundo a petista, esse é o preço a se pagar pela democracia.
“A bem da democracia, nós precisamos ter financiamento para gente nova poder entrar. E o fundo eleitoral é a metade do orçamento da Justiça Eleitoral para 2024. Não pode ter uma relação de dizer que o fundo é muito grande. Se a Justiça Eleitoral que fiscaliza o processo eleitoral custa o dobro do fundo, como que a atividade fim que é a eleição e o exercício da democracia tem que ser questionado? Então eu sou contra [os questionamentos], sou a favor do fundo de R$ 4,9 bilhões, isso é essencial, a democracia tem custo, tem preço, não pode ser privatizada, defendo isso”, disse em entrevista à GloboNews.
Ela justificou também a defesa do “fundão” alegando que a eleição municipal tem “muito mais candidatos, muito mais capilaridade” e que, por isso, os partidos precisam do fundo. Gleisi, que também é deputada federal pelo Paraná, estava votando remotamente nos destaques da sessão do Congresso que aprovou o orçamento e o fundo eleitoral no momento em que concedia a entrevista.
Se, por um lado, Gleisi defende o “fundão” bilionário para as eleições, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “erro” o valor reservado para financiar a campanha do ano que vem. Ele defendeu que deveria ser o mesmo de 2020 corrigido pela inflação no período, o que alcançaria R$ 2,7 bilhões.
Gleisi diz que segue na presidência do PT
Gleisi Hoffmann afirmou, ainda, que não há nenhum sinal de que deve assumir o Ministério da Justiça ou qualquer outra pasta do governo após a saída de Flávio Dino para assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) após o dia 8 de janeiro de 2024.
Há a expectativa de que Lula realize uma reforma ministerial no começo do próximo ano, e Gleisi era cotada para assumir alguma pasta. No entanto, de acordo com ela, o próprio presidente pediu que continuasse na presidência do partido para conduzir as candidaturas petistas nas eleições municipais do ano que vem.
“O meu mandato vai até 2025, e nós já estamos nos preparando para o processo eleitoral de 2024. Então, a minha missão, a minha função hoje é conduzir o partido. Vou continuar, não tenho nada em mente. Tenho compromisso de continuar à frente do partido”, explicou a deputada.
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