A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.
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A presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), negou qualquer semelhança entre a saúde do presidente Lula (PT) e as condições físicas e mentais que tiraram o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, da corrida eleitoral deste ano.

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De acordo com Gleisi, “Lula está bem, disposto” e “é uma pessoa ativa”. Em 2026, o petista completará 81 anos.

“Quem conhece o Lula sabe que não tem nenhuma semelhança com o Biden. Nem pode trazer aquela avaliação para cá [...] Ele (Lula) é fundamental para ganharmos as eleições (de 2026). Não vejo um outro nome com capacidade de disputa na sociedade brasileira”, afirmou Gleisi em entrevista concedida ao jornal O Globo, nesta segunda-feira (9).

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Sucessão no PT

Ao falar sobre as eleições internas, Gleisi disse que ainda não tem um nome para apoiar como seu sucessor. A eleição para o comando da sigla deve ocorrer no meio do próximo ano.

“Antes da definição do nome, a gente tem que fazer o debate político sobre o PT. É isso que vai qualificar o nome para assumir o partido”, disse Gleisi.

A expectativa de parte do PT é de que a legenda seja entregue ao atual prefeito de Araraquara e forte aliado do presidente Lula, Edinho Silva (PT-SP). Edinho na presidência do partido seria uma tentativa de romper com o discurso estridente de Gleisi.

Edinho teria a missão de conduzir o partido mais o Centro a partir de uma atuação menos dogmática. Gleisi não concorda com essa abordagem.

“Diálogo político com o Centro nós tivemos na campanha e ampliamos no governo. Já tentaram matar o PT e não conseguiram. Não podem pedir agora que o PT se suicide, rompendo com a base social que nos trouxe até aqui”, afirmou a presidente da sigla.

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A possível escolha de Edinho Silva contaria com o apoio de petistas como os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda), além de José Dirceu, que busca uma reabilitação política apoiada por Lula.

Rusgas internas

Gleisi já protagonizou polêmicas ao divergir publicamente dos ministros Fernando Haddad e Alexandre Padilha.

Após as eleições municipais deste ano, Padilha criticou o desempenho do PT e disse que o partido ficou na “zona de rebaixamento”. 

Gleisi não gostou da declaração do ministro e disse que em vez de ofender a legenda "fazendo graça", Padilha deveria “focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados”.

Ao jornal O Globo, Gleisi disse que já conversou com Padilha sobre o episódio e evitou mais comentários sobre o caso.

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Ainda no início do governo, em março de 2023, Gleisi criticou os planos econômicos de Haddad que incluíam a taxação dos combustíveis. 

Na época, Gleisi disse que taxar os combustíveis seria como “descumprir compromissos de campanha”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]