A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, por entrar na Justiça contra o pronunciamento de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite de domingo (28). Ela chamou a ação de “fracasso político” do tucanato e acusou o partido de estar a serviço do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Por que eles querem censurar o presidente Lula? Para prestar serviço a Bolsonaro ou para esconder os avanços do governo Lula? Parece que o fracasso político subiu à cabeça do comando tucano”, disse Gleisi ao jornal O Globo.
Como resposta, Perillo disse à Gazeta do Povo que Gleisi e o PT usaram a rede nacional "para fins partidários" e que "apoiam esse vexame que é a ditadura venezuelana".
"A presidente do PT está equivocada: o PSDB não está a serviço de ninguém, senão daquilo que consideramos ser o correto e justo para o Brasil. Não nos curvamos a interesses particulares ou ideológicos, mas sim ao compromisso com a democracia, a transparência e o bem-estar do povo brasileiro", completou o mandatário tucano.
Em meados de agosto do ano passado, o PSDB declarou que seria oposição a Lula mesmo se fosse convidado a participar do governo, e afirmou que não aceitaria "cargo nenhum e sob nenhum pretexto". No entanto, seria uma "oposição consequente".
Na época, o governo buscava ampliar a base em meio a dificuldades na articulação política, e que acabou contando com a adesão do PP e do Republicanos que entraram na Esplanada com os ministros André Fufuca (Esportes) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), respectivamente.
Durante o pronunciamento, Lula fez um balanço dos 18 meses de governo e atacou Bolsonaro dizendo que encontrou um “país em ruínas” com “famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas”.
“Cortaram os recursos da educação, do SUS e do meio ambiente. Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. O Brasil era um país em ruínas”, afirmou.
As falas foram encaradas por Perillo como um discurso eleitoreiro para justificar as candidaturas de petistas e aliados às prefeituras na eleição deste ano. “Quando um presidente da República convoca rede nacional de rádio e tv, nós esperamos alguma informação relevante”, disse o tucano.
Ainda segundo Perillo, Lula “usou desse expediente para fazer propaganda da divisão do país da qual ele é um dos protagonistas”.
“Por não ser justificável, o PSDB irá à Justiça contra o governo federal por uso indevido da convocação da rede nacional de rádio e tv”, completa Perillo.
Em resposta, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) afirmou que o pronunciamento foi uma “prestação de contas do governo” dos primeiros 18 meses deste terceiro mandato de Lula.
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