Nesta quinta-feira (10), ao comentar sobre o retorno do X, a presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), disse que a rede social do empresário Elon Musk deveria ser colocada sob “a mais severa vigilância da Justiça”.
De acordo com a petista, a medida teria como objetivo garantir o cumprimento de ordens judiciais futuras contra perfis.
“Importante ressaltar que a volta do X não anula a investigação dos perfis de extremistas que utilizaram a plataforma para cometer crimes. Além disso, ficou claro que para atuar no Brasil é necessário estar submetido a legislação nacional, respeitando nossa soberania. Simples assim. E, por garantia, acredito que essa rede deve ser mantida sob a mais severa vigilância da Justiça, pois o histórico é de desobediência e desrespeito”, escreveu Gleisi em seu perfil no X.
X diz já ter cumprido 223 ordens contra perfis
De acordo com uma apuração do UOL publicada nesta quinta (10), o X teria cumprido 223 ordens de bloqueios ou suspensões emitidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Ao todo, pelo menos, 200 contas de usuários da rede social X teriam sido bloqueadas ou suspensas desde o ano de 2020.
A informação faz parte de um relatório enviado pela plataforma ao STF no dia 6 de setembro para contestar a ordem de Moraes dada uma semana antes para bloquear o acesso ao X no Brasil,
Procurado pela Gazeta do Povo, o STF informou que o documento é sigiloso e que o departamento de comunicação não tem acesso.
Segundo o levantamento, entre os perfis bloqueados estão dos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Gustavo Gayer (PL-GO), Daniel Silveira e Roberto Jefferson – ambos sem partido –, entre outros. A lista consta, ainda, os senadores Alan Rick (União-AC) e Marcos do Val (Podemos-ES).
A relação aponta também o empresário Luciano Hang; os comentaristas e ativistas Allan dos Santos, Monark, Rodrigo Constantino, Flávio Gordon, Guilherme Fiuza, Oswaldo Eustáquio e Paulo Figueiredo; a Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil; o economista Marcos Cintra, que chefiou a Receita Federal no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre outros.
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