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Governo se reúne com Forças Armadas e decide prorrogar ação em portos e aeroportos no Rio e em SP

GLO - Lagarto - Marinha Brasileira - Exército - Rio de Janeiro - São Paulo
Marinha vai usa lanchas blindadas e tanque anfíbio contra criminosos em portos no Rio e em São Paulo (Foto: Divulgação/Marinha do Brasil)

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A operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza o uso das Forças Armadas na fiscalização de portos e aeroportos no Rio de Janeiro para sufocar o tráfico de armas e drogas será estendida. Ainda não há detalhes sobre o período dessa prorrogação. A decisão aconteceu em uma reunião no Ministério da Justiça na manhã desta terça-feira (3), segundo uma fonte familiarizada com o assunto. No próximo dia 1º completam três meses que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a operação.

De acordo com dados divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, foram apreendidas 56 toneladas de drogas, e, também, R$ 48 milhões em ativos ilícitos. Ainda houve a prisão de 432 pessoas. O balanço é referente aos dois primeiros meses da operação e soma sua atuação no Rio e em São Paulo.

A decisão pela GLO aconteceu após a crescente escalada da violência no Rio de Janeiro. A intenção, conforme informou o Ministério da Justiça, é asfixiar uma das mais importantes fontes de renda de facções como o Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC). Enquanto ativa, a GLO permite que as Forças Armadas atuem com a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para combater a criminalidade.

No Estado do Rio, a operação está sendo realizada nos portos do Rio de Janeiro e de Itaguaí e no aeroporto do Galeão. Em São Paulo os militares estão concentrados no Porto de Santos. A ideia é tentar impedir a exportação de drogas e importação de armas por parte de facções do crime organizado. impedir o narcotráfico e contrabando ilegal por essas vias. Contudo, segundo analistas, embora a operação possa atacar as finanças do crime, ela não é suficiente para resolver o problema da criminalidade nos dois Estados nem acabar com o domínio territorial de favelas por narcotraficantes no Rio.

Analisas avaliam que a violência só começará a ser controlada quando problemas mais estruturais forem resolvidos. Entre os agravantes da situação, eles destacam o controle territorial exercido pelo crime organizado em favelas, a falta de capacidade de planejamento logístico e administrativo das polícias e o combate à corrupção dentro das forças de segurança.

Outro ponto para o qual os especialistas chamam atenção, é a Lei de Execuções Penais. Para os peritos em segurança pública, essa legislação deve ser melhorada e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir operações em favelas, precisa ser revista. À Gazeta do Povo, especialistas elencaram uma série de medidas que podem ser implementadas para reverter o cenário violento do Rio de Janeiro.

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