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Edmundo González, opositor do ditador Nicolás Maduro, foi para a Espanha no último sábado (7). A partida do ex-candidato ocorreu uma semana após a ordem de prisão emitida pela Justiça da Venezuela.
González, que estava refugiado na embaixada da Espanha na Venezuela, após ser alvo da perseguição chavista, chegou ao país em um avião da Força Aérea Espanhola. As informações são de José Manuel Albares, ministro espanhol das Relações Exteriores.
Ainda de acordo com o Albares, o pedido de asilo político será processado e concedido pela Espanha. “O Governo de Espanha providenciou os meios diplomáticos e materiais necessários à sua transferência, efetuada a seu pedido”, afirma um breve comunicado publicado no site do ministério.
O chanceler espanhol negou que tenha negociado qualquer acordo com o regime de Maduro para a concessão do asilo político a González.
O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, relatou que o ex-candidato estava hospedad secretamente na embaixada holandesa em Caracas há mais de um mês. O mais provável é que, no dia 5, González teria ido para a residência da embaixada espanhola.
María Corina pede que Lula seja mais firme sobre situação da Venezuela
Nesta sexta-feira (6), María Corina Machado, líder da oposição, fez um apelo para que o presidente Lula adotasse uma posição mais firme contra o resultado das eleições da venezuelana. “Precisamos que a comunidade internacional, especialmente o Brasil e o presidente Lula, eleve suas vozes para que termine a repressão”, disse Machado, em entrevista à jornalista Andréia Sadi, GloboNews.
As atas de votação da eleição presidencial comprovam que González venceu o pleito, mas a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela apontou que Maduro foi o vencedor. Posteriormente, a indicação do CNE foi ratificada pelo Tribunal Supremo de Justiça do país, que também está sob o comando de Maduro.
González não era a primeira opção para fazer oposição ao ditador. A coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) escolheu o nome do ex-embaixador como candidato à presidência após o CNE barrar as candidaturas iniciais. Anteriormente, o órgão rejeitou as candidaturas de María Corina Machado, líder da coalizão, e Corina Yoris. Segundo as atas, González venceu as eleições com 80% dos votos.
"Sua vida corria perigo, e as crescentes ameaças, intimações, ordens de prisão e até mesmo as tentativas de chantagem e coação das quais ele foi alvo demonstram que o regime não tem escrúpulos nem limites em sua obsessão de silenciá-lo e tentar dobrá-lo", escreveu a líder opositora no X, segundo informou o jornal venezuelano El Nacional.