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Apenas os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ainda não definiram sobre suas presenças no ato lulista.| Foto: Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

Governadores de oposição se negam a participar do “ato democrático” programado pelo governo Lula para o dia 8 de janeiro de 2024. Com o mote “Democracia Inabalada”, o ato deverá reunir 500 convidados no Congresso Nacional um ano depois das manifestações anti-Lula que culminaram com a prisão de centenas de pessoas.

No mês passado, ao participar de um evento ao lado de alguns governadores no Palácio do Planalto, o presidente Lula (PT) convidou os chefes dos Executivos estaduais publicamente para o ato do dia 8 de janeiro.

"Estou convidando todos os governadores, porque dia 8 de janeiro vamos fazer um ato aqui em Brasília para lembrar o povo que tentou-se dar um golpe e que ele foi debelado pela democracia desse país [...] Pretendo ter todos os governadores aqui, deputados, senadores, empresários, para nunca mais deixar as pessoas colocarem em dúvida que o regime democrático é a única coisa que dá certeza de as instituições funcionarem e o povo ter acesso à riqueza que produz", disse Lula na ocasião.

O evento contará com as presenças dos presidentes do Supremo Tribunal Federal(STF), da Câmara e do Senado, além de governadores e ministros.

O chamamento, no entanto, não será atendido por governadores da oposição que citam viagens, férias e consulta médica como justificativas para a ausência no evento.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está de férias na Europa e só deve retornar ao Brasil na noite do dia 8 de janeiro. Durante sua ausência, a agenda do Executivo é assumida pelo vice-governador, Felicio Ramuth (PSD).

Acontece que Ramuth viajará para um evento na China na madrugada do dia 8 de janeiro. Com a sua ausência, o cargo de governador será exercido pelo presidente da Alesp, André do Prado (PL).

Procurado pela Folha de São Paulo, o Governo de São Paulo informou que, a princípio, não há representante escalado para ir ao evento de Lula.

Ramuth disse ao jornal que Tarcísio está “em merecido descanso” programado antecipadamente e que foi uma “coincidência” estar fora do país na data do evento de Lula.

Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ainda não definiram sobre suas presenças no ato lulista.

À Folha, os três governadores da região Sul disseram que não irão ao evento. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), está de férias em Trancoso, na Bahia, e só retornará ao trabalho no dia 11 de janeiro. Procurado pelo jornal, o vice-governador do estado, Gabriel Souza (MDB), informou que a agenda da próxima semana ainda não foi definida.

Os governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), disseram à Folha que têm “outros compromissos” agendados para o dia 8 de janeiro. Segundo apurou o jornal, o governo do Paraná não deve enviar representante. O governo de Santa Catarina não respondeu se enviará um representante.

Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que tem um check-up médico programado para o dia 8 de janeiro. Em 2022, Caiado ficou de repouso por 45 dias em decorrência de uma cirurgia no coração.

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