As recentes invasões de propriedades rurais, organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pelo país, foram duramente criticadas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e pelos governadores Ronaldo Caiado (União) e Romeu Zema (Novo) em discurso, neste sábado (29), na abertura da Expozebu, em Uberaba (MG). Tarcísio pediu prisão dos responsáveis e disse ser intransigente com a violação do direito de propriedade. O evento é uma das principais feiras de gado zebuíno do mundo.
O governador de São Paulo afirmou que não se pode aceitar a narrativa de que o agro não é sustentável. “Não vamos transigir. Nós seremos duros para garantir o direito de propriedade. E aqueles que tentaram transigir no estado de São Paulo estão presos nesse momento. E quem tentar vai ter o mesmo destino, a cadeia”, afirmou.
No mesmo tom falaram os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e de Minas Gerais, Romeu Zema, além de Gabriel Garcia Cid, presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), organizadora do evento.
Direito à propriedade é garantia constitucional
Caiado lembrou que o direito à propriedade é uma garantia da Constituição de 1988. "Não se deve discutir mais. Em Goiás eu deixei claro a todas as minhas forças de segurança: todos os meses em Goiás são verde e amarelo, não tem mês vermelho no meu estado de Goiás e não aceito invasão de propriedade rural", declarou.
O presidente da ABCZ falou sobre a necessidade urgente de união do setor pecuário. "Os nossos posicionamentos são firmes na defesa dos produtores, das suas pautas, no direito à propriedade e na busca de soluções para as questões que afligem quem produz e paralisam a economia”, declarou Garcia Cid. “A nossa bandeira é por respeito, paz e segurança no campo, que são valores que nós não abrimos mão", frisou. E conclui afirmando que “só haverá ordem e progresso no país se houver paz no campo”.
O último discurso da abertura da Expozebu foi do anfitrião, o governador Romeu Zema. Segundo ele, as invasões de terra que ocorrem em Minas Gerais são desfeitas rapidamente. "Entram uma ou duas pessoas e já são retiradas imediatamente. Porque o problema é quando você tem dezenas, centenas de pessoas. Então a nossa Polícia Militar está atenta e o homem do campo aqui vai ficar aplicando seu tempo para produzir e não para vigiar a propriedade", disse Zema.
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