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Sessão atrasada

Governistas pressionam por quebra de sigilo de Bolsonaro em reunião fechada da CPMI do 8/1

Sessão da CPMI é adiada por duas horas enquanto parlamentares negociam requerimentos que serão votados nesta terça (22) (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

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Os representantes da oposição e do governo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) iniciaram uma reunião prévia da sessão deliberativa desta terça-feira (22), remarcada das 9h para o meio-dia, para encontrar um consenso em torno de requerimentos que serão votados. A maioria governista defende a inclusão na pauta dos pedidos de quebra dos sigilos bancários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da primeira-dama Michelle. Em contrapartida, está sendo oferecido à bancada oposicionista o agendamento da audiência do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Gonçalves Dias.

As negociações tensas confrontam argumentos contra e a favor dos requerimentos apresentados pelos dois lados. A oposição sustenta que não há qualquer conexão plausível entre o objeto da CPMI e os episódios envolvendo o suposto esquema de desvio e venda de joias da Presidência por Bolsonaro e militares. Seus membros lembram também que a vinda de Gonçalves Dias já foi aprovada em deliberações anteriores de plenário e que seu nome foi recentemente incluído no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga os atos de omissão nos atos de vandalismo. Por essas razões, não haveria razão para mais adiamentos. Os governistas, por sua vez, insistem na apuração de movimentações financeiras do casal Bolsonaro por acreditar que os recursos estão relacionados a uma suposta orquestração de golpe de Estado.

Diante das repercussões políticas e jurídicas em torno das operações policiais para apurar o suposto esquema das joias e das declarações polêmicas feitas pelo hacker Walter Delgatti na CPMI, os parlamentares da oposição se reuniram nos últimos dias para combinar discursos e posicionamentos.

Em princípio, a coordenação no âmbito da comissão continua sob responsabilidade do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A orientação até agora é a de acompanhar a evolução dos fatos, partindo do pressuposto que há esforço mediático para dar às imputações ao ex-presidente peso maior do que o real.

Além disso, há a percepção de que a perspectiva de uma prisão dele não interessa nem mesmo aos governistas neste momento, por que explicitaria parcialidade das medidas judiciais e e certa ansiedade por consolidar uma desmoralização do alvo, arrastando os meios militares.

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