O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta sexta-feira (27), ao lado dos presidentes de bancos estatais, o oferecimento de uma linha de crédito de até R$ 40 bilhões para financiar a folha de pagamento de pequenas e médias empresas por dois meses devido à crise da pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro também reforçou medidas anunciadas nesta quinta-feira (26) pela Caixa Econômica Federal (CEF) para redução da taxa de juros do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito, além de uma linha de crédito para as Santas Casa.
Segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos, o programa anunciado hoje prevê a disponibilização de crédito emergencial para pequenas e médias empresas, com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. O financiamento é exclusivo para folha de pagamento de funcionários e será válido por dois meses. Serão liberados R$ 20 bilhões por mês pelo governo federal para pagamento dos salários.
O programa, segundo Campos, é limitado a dois salários mínimos e o dinheiro não vai passar pela conta da empresa, será depositado diretamente na conta do trabalhador. Dos R$ 20 bilhões mensais, R$ 17 bilhões serão financiados com recursos do Tesouro, via BNDES, e os outros R$ 3 bilhões pelos bancos privados.
A taxa de juros para as empresas que aderirem ao financiamento é de 3,75% ao ano e as empresas terão 6 meses de carência para começar a pagar, e poderão parcelar os valores em até 36 vezes. As empresas que aderirem ao financiamento não poderão demitir funcionários por dois meses.
“Acho que é um programa que vai ajudar muito pequenas e medias empresas”, disse o presidente do Banco Central sobre o financiamento.
BNDES: linha emergencial para empresas de saúde
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, também anunciou que o banco vai aprovar nesta sexta-feira (27) uma linha emergencial de crédito para empresas da área da saúde, de até R$ 2 bilhões. Segundo Montezano, cerca de 30 empresas já foram mapeadas para receber os recursos.
Presidente da Caixa anuncia redução de juros
O presidente da CEF, Pedro Guimarães, também participou da coletiva e reforçou as medidas anunciadas nesta quinta-feira (26) de redução de juros. O banco reforçou em R$ 33 bilhões as linhas de crédito para enfrentar a crise provocada pelo coronavírus. O dinheiro se somará aos R$ 78 bilhões anunciados na semana passada, o que totalizará R$ 111 bilhões em recursos injetados.
Ele também anunciou a redução de taxas de juros do crédito rotativo do cartão de crédito e do cheque especial. “Nós estamos reduzindo todas as linhas de credito, sem exceção. Todas terão taxas reduzidas. Se as pessoas não tiverem crédito mais barato não vai adiantar”, afirmou Guimarães.
Os juros do cheque especial passaram de 4,95% para 2,90% ao mês. Já as taxas do parcelamento da fatura do cartão de crédito (rotativo) caíram de 7,7% ao mês (em média) para juros a partir de 2,90% ao mês.
“A população em geral terá mais dinheiro sobrando para pagar as suas contas”, afirmou o presidente da CEF.
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