O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (1/11) a aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) dentro dos aeroportos do Galeão (RJ), Guarulhos (SP) e portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Itaguaí (RJ). A medida foi definida junto com os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio.
Segundo o presidente, a GLO ocorrerá até maio de 2024, o que permitirá que as Forças Armadas atuem diretamente dentro dos locais e em colaboração com a Polícia Federal. Os reforços de efetivos serão destinados para São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
"A violência tem se agravado a cada dia que passa e resolvemos tomar uma decisão, para que o governo participe ativamente para ajudar os governos do estado a se livrarem do crime organizado, do tráfico de armas e tráfico de drogas. A GLO valerá até maio do ano que vem e se for necessário reforçar, vamos reforçar", disse Lula.
Na última semana, o petista negou a possibilidade de usar a GLO no combate ao crime organizado de São Paulo ou Rio de Janeiro, mas após reunião com os ministros, mudou de ideia. Lula também disse que será criado o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos, “visando enfraquecer o poder financeiro das quadrilhas”.
O ministro Flávio Dino ressaltou que a aplicação da GLO é uma forma de "ajudar ainda mais o Rio de Janeiro" e citou que a ação contará com dois eixos de articulação. Dino também reforçou que as Forças Armadas não terão poder de polícia nas ruas do Rio de Janeiro, apenas nos portos e aeroportos.
"Temos dois eixos prioritários, o primeiro é a inteligência financeira, tirar dinheiro do crime organizado, e o eixo logístico, temos ponto de abastecimento de tráfico de drogas e armas em torno do Rio de Janeiro e no Rio de Janeiro. Esse foi o critério, e o presidente aprovou, para essa GLO”, falou Dino.
O ministro ainda informou que serão empregados 3,7 mil militares das Forças Armadas, sendo: 2.000 do Exército; 1.100 da Marinha; e 600 da Aeronáutica.
A GLO só pode ser acionada pelo Executivo em casos de anormalidade, quando se entende que as forças de segurança pública não conseguem, sozinhas, enfrentar uma crise.
O anúncio do governo ocorre nove dias depois dos ataques de milicianos no Rio de Janeiro, em que pelo menos 35 ônibus foram incendiados. A ação dos criminosos teria sido motivada pela morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado.
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