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Tragédia no RS

Governo diz que apenas 69 cidades do RS pediram recursos emergenciais

Enchentes no RS
Ministro Waldez Góes afirma que liberação de recursos emergenciais parece não estar chegando às prefeituras. (Foto: André Borges/EFE)

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O ministro Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, pediu neste sábado (11) que prefeitos de cidades do Rio Grande do Sul atingidas pelas enchentes entrem em contato com a pasta para o encaminhamento dos recursos emergenciais dentro do “rito sumário” que dispensa a apresentação de planos completos de recuperação.

Góes afirmou que essa informação de liberação emergencial de recursos parece não estar chegando às prefeituras, e que ele e a equipe visitaram municípios na sexta (10) e no sábado (11) que não estavam sabendo deste mecanismo. “Temos 441 municípios com decreto de calamidade, esperávamos pelo menos 300, mas apenas 69 apresentaram”, pontuou

Wolnei Barretos, secretário nacional de Proteção e Defesa Civil afirmou que, desde que o ministério anunciou a liberação emergencial de recursos, apenas 69 municípios entraram em contato com o governo, com a liberação imediata de R$ 16 milhões.

A portaria define que o repasse de recursos emergenciais será de acordo com o tamanho da cidade: R$ 200 mil para municípios com até 50 mil habitantes, R$ 300 mil para até 100 mil moradores e R$ 500 mil acima desta quantidade.

Barretos afirmou que, enquanto a coletiva de imprensa era realizada, foi aprovado um plano de R$ 6,9 milhões apresentado pela prefeitura de Lajeado para reconstruir uma ponte de acesso ao município de Arroio do Meio.

Outra ponte, no valor de R$ 1,9 milhão, foi aprovada para a cidade de Campos Borges. As duas cidades ficam no Vale do Taquari, onde as águas das enchentes já baixaram.

Também foi aprovado um plano de R$ 10,5 milhões em ajuda humanitária para Porto Alegre, informou o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), pouco depois.

A liberação faz parte de um rito sumário criado para atender às prefeituras de acordo com o tamanho da população, bastando aos prefeitos apenas enviar por email o decreto de calamidade do estado e o ofício com a requisição de ajuda.

“Temos que disseminar esse rito sumário”, disse Barretos. Ele afirmou, ainda, que outros planos de rotina aos municípios já liberaram quase R$ 90 milhões a 79 municípios.

De acordo com Góes, houve um reforço de 100% na quantidade de analistas da Defesa Civil nacional para analisar os planos de ajuda pedidos pelos prefeitos gaúchos, “muitos deles sem diligências”, e que já liberou R$ 110 milhões em recursos para ações encaminhados diretamente às contas das prefeituras.

“Não é desburocratizando, as regras [são] para todo mundo, temos respeito à lei. Mas, um trabalho e sinergia de aproximação com o governo para que os recursos cheguem também com a rapidez para a necessidade do povo”, completou.

Ele afirmou que essa desburocratização e facilitação foi estabelecida para liberar mais rapidamente os recursos enquanto as prefeituras levantam toda a informação necessária para pedir os recursos consolidados.

O boletim mais recente da Defesa Civil gaúcha, divulgado no começo da tarde deste sábado (11), aponta que 136 pessoas morreram em decorrência das chuvas e enchentes que atingem o estado desde a última semana. Ainda há 756 feridos e 125 desaparecidos.

Em todo o Rio Grande do Sul, foram atingidos 444 municípios dos 497 do estado, afetando 1,95 milhão de pessoas. Destas, 441,3 mil seguem fora de casa, sendo 71,3 mil em abrigos e 339,9 mil na casa de parentes ou amigos.

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