A participação do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e de ministros do governo Lula (PT) na feira nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante o fim de semana tem potencial de desgastar ainda mais a relação entre o presidente e o setor do agronegócio.
O segundo vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócios (FPA), Evair de Melo (PP-ES), disse neste sábado (14), em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, que o governo "arrancou a ponte com o agro e não tem mais diálogo".
"É a fotografia que nós precisávamos para poder provar o envolvimento do governo com o MST nessas invasões de terra", disse, ao comentar sobre a foto de Alckmin ao lado de um dos líderes do MST, João Pedro Stédile.
Além da foto, o comentário de Alckmin sobre a CPI do MST também afrontou os parlamentares da bancada, que articulam a instalação da comissão de investigação na Câmara dos Deputados. Segundo o vice-presidente, o trabalho do Legislativo é o de elaborar leis, e não "policialesco". "Já existem muitos órgãos de fiscalização", concluiu Alckmin, que deve se encontrar com parlamentares da bancada do agro nesta terça-feira (16).
Além de Alckmin, estiveram na feira do MST o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o secretário executivo do Ministério da Fazenda e indicado de Lula para assumir a Diretoria de Políticas Monetárias do Banco Central, Gabriel Galípolo, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
Durante o evento, Teixeira disse que as ações do MST no "Abril Vermelho", mês em que o movimento aumentou o número de invasões, está "superado". "Pedimos que os grupos se retirassem das terras da Embrapa e da Suzano e eles se retiraram", disse. Contudo, ele foi rebatido por Stédille, que disse que vai convidar o ministro para o próximo "Abril Vermelho".
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