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Ataque no Equador

Governo brasileiro se manifesta sobre execução de Fernando Villavicencio

Fernando Villavicencio
Itamaraty expressou "condolências" ao Equador pela execução de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do país. (Foto: STR/EFE)

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O Ministério das Relações Exteriores expressou condolências ao Equador por conta da execução de Fernando Villavicencio Valencia, candidato à presidência do Equador, na noite desta quarta (9) em Quito.

Villavicencio foi baleado com três tiros na cabeça quando saía de um comício realizado na capital equatoriana, e outras sete pessoas ficaram feridas. O Itamaraty diz que tomou conhecimento “com profunda consternação” do assassinato.

“Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos”, disse o ministério em nota.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se manifestou sobre o assassinato.

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Fernando Villavicencio Valencia era candidato à presidência do Equador do movimento de centro-direita e ocupava a quarta posição nas pesquisas de intenção de voto, com 6,8% da preferência do eleitorado. Jornalista, ativista político e ex-sindicalista, ele tinha 59 anos e em 2021 havia sido eleito deputado nacional.

Como jornalista, fez muitas denúncias contra o presidente esquerdista Rafael Correa (2007-2017) e chegou a ser condenado a 18 meses de prisão por supostas injúrias contra o mandatário, mas se escondeu nos Estados Unidos, no Peru e na Amazônia equatoriana, até sua sentença prescrever, em março de 2015.

Dias atrás, Villavicencio havia denunciado que recebeu ameaças do líder do cartel Los Choneros. O movimento Construye informou que homens armados atacaram seus escritórios de campanha em Quito horas depois do assassinato de Villavicencio.

As eleições presidenciais foram antecipadas no Equador para o próximo dia 20 porque o atual presidente, Guillermo Lasso, anunciou em maio a chamada “morte cruzada”, isto é, a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação imediata de eleições antecipadas para o Executivo e Legislativo do país em meio a uma crise política.

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