Ministro Alexandre Padilha diz que adiamento de votação dos fundos offshores ocorreu para líderes partidários discutirem mais o projeto.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, negou nesta quinta (5) que o adiamento da votação do projeto de lei que tributaria os investimentos em offshores e dos fundos exclusivos na quarta (4) tenha sido uma retaliação dos partidos do centrão, que ainda não receberam todos os cargos pedidos ao governo para entrar na base aliada.

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Embora já tenha conseguido emplacar altos cargos no governo, como os ministérios do Esporte para o PP e de Portos e Aeroportos para o Republicanos, ainda há discussões para acomodar políticos de partidos do centrão nas presidências e diretorias da Caixa Econômica Federal e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa)

Padilha chegou a ter uma reunião pela manhã no Senado para tratar do assunto, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião à tarde com os parlamentares para decidir se o projeto deveria ser discutido ainda no dia – foi adiado para 24 de outubro.

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A expectativa é de que o projeto seja discutido após a volta de Lira de uma viagem que fará à China e à Índia nos próximos dias. Internamente, na Câmara, deputados evitam pautar projetos importantes sem a presença dele.

“Foi feito um acordo entre os líderes ontem [quarta, 4] de pautá-lo para o dia 24 de outubro sem prejuízo, tanto em relação à arrecadação, porque tem uma medida provisória já em vigência em relação a isso, e também, do que ouvi dos líderes, não tem questionamentos sobre a necessidade de aprovar. Estou confiante que será aprovado”, disse Padilha em entrevista à GloboNews.

Segundo o ministro, os líderes das bancadas pediram mais tempo para analisar a proposta do relator Pedro Paulo (PSD-RJ), que apresentou o parecer na noite de terça (3). “Para ele explicar melhor, conversar com as bancadas, mostrar o trabalho, fazer o debate público”, completou afirmando que tem uma expectativa favorável pelos parlamentares.

Padilha disse que espera “repetir neste segundo semestre o sucesso que tivemos no primeiro daquilo que é a pauta prioritária do governo, de consolidar o ambiente macroeconômico do país”.

O governo conseguiu fazer passar projetos como a reforma tributária e o arcabouço fiscal com sufoco e a liberação de mais de R$ 16 bilhões em emendas entre maio e julho – só a reforma tributária teve a liberação de R$ 5,3 bilhões antes da votação.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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