Agentes chegarão à região amazônica até a próxima semana para reforçar equipe que já trabalha no combate às chamas.| Foto: André Borges/EFE
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública comunicou na quarta (11) o envio de mais 150 bombeiros da Força Nacional para combater os incêndios florestais na Amazônia Legal. A decisão foi tomada em resposta à determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para intensificar as ações contra as queimadas que afetam a região e outras áreas do país.

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Os novos bombeiros devem chegar à Amazônia até a próxima semana e se juntarão aos 162 agentes já mobilizados desde junho em operações tanto na Amazônia quanto no Pantanal.

Além disso, o ministério enviou ofícios a 21 estados solicitando a apresentação voluntária de bombeiros militares e anunciou a convocação de mais 50 profissionais da Força Nacional, que estão no cadastro reserva.

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De acordo com o Ministério da Justiça, mais de R$ 38,6 milhões foram destinados para custear as operações de combate aos incêndios em biomas brasileiros de janeiro a agosto de 2024, um aumento expressivo de 400% em comparação aos R$ 9,4 milhões investidos em 2022.

A decisão de ampliar o contingente de bombeiros foi tomada após uma audiência de conciliação realizada no STF na terça-feira (10), como parte de um processo que discute as ações do governo federal contra os incêndios na Amazônia e no Pantanal.

Dino deu um prazo de cinco dias para o governo aumentar os efetivos de combate às chamas nessas regiões. Dino classificou os incêndios como uma “autêntica pandemia”, comparando a gravidade à da Covid-19 e às enchentes no Rio Grande do Sul, e afirmou que esses desastres naturais precisam receber a mesma atenção e resposta por parte das autoridades.

“Nós não podemos normalizar o absurdo. Temos que manter o estranhamento com o fato de que, neste instante, 60% do território nacional está sentindo os efeitos dos incêndios florestais. Isto é um absurdo, é inaceitável”, afirmou o ministro durante a audiência.

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Ele também destacou que grande parte das queimadas são provocadas por ações humanas e que os incêndios estão causando danos graves e, em muitos casos, irreparáveis à fauna, flora e à economia, além de colocar vidas humanas em risco.

Dino alertou ainda para possíveis retaliações internacionais ao Brasil devido ao impacto ambiental das queimadas, destacando que o problema vai além das fronteiras do país. “Estamos vivendo uma situação grave e inaceitável, que afeta não apenas o meio ambiente, mas também a vida humana e a economia do país”, reforçou.

A próxima audiência de conciliação está marcada para o dia 19 de setembro, quando serão discutidas as ações tomadas pelos estados que compõem a Amazônia Legal e pelo Mato Grosso do Sul, no que se refere ao Pantanal. A expectativa é de que novas medidas sejam anunciadas para conter o avanço das queimadas.

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