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Lula e Mauro Vieira
Lula vai se reunir com ministro de Relações Exteriores para definir ações do Brasil de ajuda ao Equador após ataques.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta terça (9) que acompanha “com preocupação” e que “condena” as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades do Equador. Os ataques começaram dois dias depois de se confirmar a fuga de José Adolfo Macías, líder da facção Los Choneros, uma das principais do país ligadas ao cartel de Sinaloa.

Ao longo de toda esta terça (9), diversas cidades equatorianas sofreram ataques de organizações criminosas, o que levou o presidente do país, Daniel Noboa, a decretar um “estado de conflito armado interno”, o equivalente a estado de sítio com duras restrições aos direitos de ir e vir da população.

O governo brasileiro manifestou solidariedade aos equatorianos e passou a acompanhar com atenção o desaparecimento de um cidadão no país. O homem teria sido sequestrado também nesta terça (9) em meio aos ataques criminoso na cidade de Guayaquil.

O filho da vítima foi às redes sociais do pai pedir ajuda para levantar o valor necessário para o resgate. “Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo”, disse no vídeo. A família é dona de um restaurante na cidade.

Por conta deste sequestro e das circunstâncias dos ataques, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, ainda na manhã desta quarta (10), com o ministro Mauro Vieira e o assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, para definir como o Brasil pode auxiliar nas buscas pelo cidadão e no auxílio ao governo equatoriano contra as facções criminosas.

A embaixada brasileira em Quito, capital do Equador, afirmou que também acompanha a situação e mantém contato com os familiares do desaparecido.

Segundo a mídia equatoriana, o governo do país identificou a atuação de 22 grupos criminosos classificados como “terroristas” e “atores beligerantes não estatais”. As Forças Armadas do Equador devem realizar operações militares para neutralizar os grupos armados.

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