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O governo federal exonerou nesta terça-feira (24) o secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Maurício Fortunato, atual número 3 do órgão. A agência também exonerou outros dois diretores que não tiveram os nomes divulgados em função da proteção exigida por lei a agentes de inteligência. As decisões constam no Diário Oficial da União (DOU) e foram assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Eles são investigados Polícia Federal (PF) na Operação Última Milha por suspeita de uso irregular do software espião FirstMile. O ex-secretário da Abin já estava afastado do cargo desde sexta (20), quando a operação foi deflagrada, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da investigação.
A PF investiga o uso indevido, por parte de servidores da Abin, de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial, informou a Agência Brasil. De acordo com a PF, a ferramenta utilizada pela Abin é um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos."