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Aumento escalonado

Governo fecha acordo de reajuste salarial para PF; delegados ganharão até R$ 41,3 mil

Operação Dakovo
A recomposição salarial para a PF será realizada em três parcelas, programadas para agosto de 2024, maio de 2025 e maio de 2026. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O governo federal fechou um acordo nesta sexta-feira (29) de reajuste salarial com entidades que representam a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A recomposição será realizada em três parcelas, programadas para agosto de 2024, maio de 2025 e maio de 2026. A medida contemplará as carreiras de delegado, perito, agente, escrivão e papiloscopista.

O aumento depende da classe, por isso delegados da PF – que estão no topo da carreira – receberão R$ 41,3 mil, em 2026. Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a negociação com policiais penais segue em andamento. “Foi uma longa jornada, mas chegamos a um bom termo, ao melhor acordo possível”, destacou a secretária adjunta de Relações de Trabalho, Meri Lucas. O reajuste era uma demanda da PF e da PRF desde o governo Bolsonaro e a negociação atual levou meses para ser concluída.

Na última parcela, prevista para maio de 2026, o reajuste chegará até 22,6% no acumulado para delegados da PF. Veja abaixo os valores previstos para 2026:

Delegados e peritos: R$ 41,3 mil (classe especial), R$ 35,3 mil (primeira classe), R$ 30,8 mil (segunda classe) e R$ 27,8 mil (terceira classe).

Escrivães, agentes e papiloscopistas: R$ 25,2 mil (classe especial), R$ 19,6 mil (primeira classe), R$ 16,7 mil (segunda classe) e R$ 14,7 mil (terceira classe).

Os policiais rodoviários federais receberão entre R$ 12,2 mil e R$ 23 mil.

Em nota, o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Willy Hauffe Neto, destacou a importância do acordo para a categoria. “Esta conquista é o resultado do profissionalismo e do compromisso da nossa categoria, que mesmo diante de grandes perdas salariais, continuou a desempenhar suas funções com dedicação ao serviço público”, disse. A associação ressaltou que o acordo considerou a “realidade fiscal e orçamentária que vivemos hoje no Brasil”.

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Luciano Leiro, lamentou o fato de servidores do administrativo da corporação terem ficado de fora do acordo. Além disso, ele apontou que o aumento da terceira classe, de 7,7%, foi inferior ao dos servidores públicos em geral, de 9%, informou o jornal Valor Econômico.

Na negociação, o governo foi representado pela Secretaria de Relações de Trabalho do MGI. Os delegados e peritos foram representados pela Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), pela Associação Nacional Dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).

Os agentes, escrivães e papiloscopistas foram representados pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Já os Policiais Rodoviários Federais foram representados pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF).

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