O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), teria comunicado a outras lideranças da Casa que os deputados que assinaram o pedido de impeachment contra o presidente Lula (PL) serão punidos com a perda de cargos e verbas caso não retirem as assinaturas até a sexta-feira (29). A informação é do jornal Metrópoles.
De acordo com o jornal, no encontro com as lideranças, Guimarães leu uma lista com partidos da base aliada que tiveram deputados endossando o pedido de impeachment contra Lula por conta dos ataques a Israel.
Segundo a Folha de São Paulo, o líder do governo na Câmara cobrou coerência dos deputados.
"Quem assinou o impeachment do presidente está dizendo claramente que não está na base. Portanto, se tinha algum tipo de espaço no governo, tem que perder. Afinal de contas, essa contradição não pode continuar. Quem assinou tem que decidir de que lado está: ao lado de Lula ou contra", teria dito Guimarães durante a reunião com as outras lideranças.
Na quinta-feira (22), o presidente Lula se reuniu com líderes partidários no Palácio da Alvorada um dia depois de anunciar a liberação de R$ 20,5 bilhões em emendas de bancadas individuais e de comissões.
De autoria da deputada Carla Zambelli (PL-SP), o pedido de impeachment foi protocolado com mais de 140 assinaturas, um recorde de adesões a um pedido de afastamento já protocolado na Casa contra um presidente da República.
No pedido, os parlamentares afirmam que Lula teria cometido crime de responsabilidade, como descrito no artigo 5º da Lei 1.079/50, ao comparar a luta de Israel contra o Hamas ao Holocausto.
Ao entregar o requerimento ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na semana passada, Zambelli disse que Lira tratou do assunto “com uma energia boa”, motivo pelo qual a teria deixado com boas expectativas sobre a tramitação do pedido.
Na semana passada, um dia depois de dar início à coleta de assinaturas para o pedido, Zambelli recebeu a visita de uma oficial de justiça no Plenário da Câmara com uma intimação para que a deputada apresente defesa no caso relatado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
O inquérito é referente ao episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições, no ano passado, quando a parlamentar, após defender-se de agressões, perseguiu um apoiador do presidente Lula (PT) pelas ruas de um bairro nobre de São Paulo com uma arma em punho.
Na terça-feira (20), dia em que começou a movimentação pelo impeachment, Zambelli foi multada pelo Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em R$ 30 mil por supostamente ter divulgado notícias falsas sobre o aplicativo e-Título no período eleitoral de 2022.
A parlamentar tem pedido aos seus seguidores para endossar o pedido através da assinatura digital no site de petições change.org. Até o momento, o abaixo-assinado no site conta com mais de 378,3 mil assinaturas.
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