O governo brasileiro condenou, “nos mais fortes termos”, o ataque realizado nesta quinta-feira (6) por Israel contra uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), localizada no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza. Ao menos 40 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
“O governo brasileiro reitera que ataques a populações e infraestruturas civis, em descumprimento aos princípios da distinção e proporcionalidade, constituem graves violações do direito internacional humanitário. Não há justificativa para ataques militares contra instalações da ONU. Da mesma forma, áreas densamente povoadas devem ser poupadas”, disse o Ministério das Relações Exteriores, em nota.
Segundo o Itamaraty, o “complexo atingido abrigava deslocados internos, em sua maioria mulheres e crianças, que têm na UNRWA ponto de apoio indispensável”.
Após o ataque aéreo, o Exército de Israel alegou que "entre 20 e 30 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica” estariam escondidos no local. O governo de Gaza, controlado pelo Hamas, classificou a ação como um “massacre horrível”. O conflito teve início no dia 7 de outubro do ano passado, após o grupo terrorista realizar uma série de ataques em território israelense.
“Ao expressar absoluto repúdio ao emprego indiscriminado da força militar contra a população civil e exortar ao pleno respeito aos direitos humanos e ao direito internacional humanitário, o governo brasileiro conclama todas partes envolvidas no conflito a se engajarem em conversações que permitam cessar-fogo imediato e duradouro, tendo presente, inclusive, a proposta de acordo atualmente sobre a mesa, apresentada pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, em 31 de maio último”, diz o comunicado do ministério.
O Itamaraty afirmou ainda que, desde o início da ofensiva militar israelense em Gaza, foram registrados mais de 430 incidentes envolvendo as instalações da UNRWA na região.
“Estima-se que pelo menos 455 deslocados internos tenham sido mortos e outros 1.476 tenham ficado feridos enquanto se abrigavam em edifícios da agência da ONU”, disse a pasta. Além disso, 180 funcionários da agência em Gaza foram mortos desde o início do conflito.
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