Presidente da FPA aponta prioridades em 2024 à Gazeta do Povo.| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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O presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR), criticou nesta terça-feira (6) a relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Congresso Nacional.

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“Esse governo não tem interesse algum em ter uma boa relação com o Congresso Nacional. Pelo contrário, tem tentado fazer um cabo de guerra, uma demonstração de força. Ele optou por governar com o Supremo Tribunal Federal e não com o Congresso. Nós não aceitamos isso”, disse Lupion.

À Gazeta do Povo, o parlamentar lamentou os vetos do presidente Lula a uma série de projetos de lei que foram aprovados pelo Congresso Nacional, como do marco temporal, a lei dos pesticidas e a regularização fundiária.

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“São temas que nos geram extrema preocupação e que nós vamos ter que trabalhar na derrubada desses vetos. Temos nesse primeiro semestre uma discussão gigantesca”, declarou Lupion.

Segundo o presidente da FPA, uma das prioridades neste ano será debater os projetos de lei complementar da reforma tributária. “O agro tem uma participação enorme, principalmente nessa questão dos insumos e também na redução de 60%, que foi uma vitória nossa da alíquota aqui no Congresso”, disse.

Lupion também citou que a bancada do agronegócio deve se debruçar em busca de soluções para evitar a “previsão péssima da safra brasileira neste ano”. “Nós temos um ano com previsão péssima de safra, com quebra grande já prevista, não só no Paraná, no Mato Grosso e outros estados que não esperavam essa quebra de safra. Vamos ter que enfrentar aqui com seguro, crédito agrícola, com o trabalho do Ministério da Agricultura e com protagonismo”, reforçou o deputado.

Questão fundiária

Outro assunto que o deputado indicou como prioritário neste ano será a questão fundiária. Ele citou a tensão envolvendo indígenas e ruralistas no Guaíra (PR), que foi intensificada depois de o ministro e vice-presidente do STF, Edson Fachin, suspender decisões que impediam a demarcação de terras indígenas no estado.

“A gente precisa resolver essa situação. Infelizmente, o governo passa o pano, apoia e disfarça. E o STF descumpre a legislação que nós aprovamos aqui, descumpre a decisão do próprio pleno do Supremo. É uma decisão monocrática e infeliz do ministro Fachin. Vamos ter que ir para o enfrentamento para resolver essas coisas”, disse o presidente da FPA.

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