Por meio de comunicado oficial emitido no início da tarde desta quinta-feira (8), a Secretaria de Comunicação Social (Secom) negou que o governo Lula tenha recusado ajuda do Uruguai para as operações de socorro às vítimas das enchentes históricas no Rio Grande do Sul.
A notícia de que o governo teria recusado a ajuda do país vizinho foi publicada na terça-feira (7) pela Folha de São Paulo. Segundo o jornal, o governo brasileiro teria alegado que os equipamentos disponibilizados pelo Uruguai (lanchas, drones, helicóptero e um avião) não seriam necessários.
Na nota, a Secom diz que o modelo do avião disponibilizado pelo governo do Uruguai não era adequado para o tipo de operação exigida e a infraestrutura aeroportuária disponível.
A secretaria também afirmou que já há no Rio Grande do Sul uma aeronave da frota brasileira com a mesma funcionalidade do modelo ofertado pelo Uruguai, motivo pelo qual o avião uruguaio teria sido rejeitado.
“Um helicóptero emprestado pelo país vizinho e amigo está em operação no estado, aparelho de grande valia para o auxílio dos socorristas. O Brasil é grato ao Uruguai pelo pronto-auxílio. São falsas, portanto, as notícias de que o Brasil teria desprezado ajuda do Uruguai ou qualquer outro país. Todas as ofertas de auxílio são bem-vindas, serão analisadas conforme a adequação às urgências e serão bem recebidas”, diz um trecho da nota.
Na terça-feira (7), irritado com a publicação de reportagens e vídeos nas redes sociais sobre as operações de salvamento e acolhimento no RS, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, anunciou que o governo Lula acionou a Polícia Federal (PF) e a Advocacia-Geral da União (AGU) para identificar e punir quem propagar “fake news” sobre a atuação do governo.
Após o anúncio, a Secom emitiu uma nota classificando como “fake news” denúncias de que veículos de carga com donativos estariam sendo barrados nas vias de acesso ao Rio Grande do Sul.
De acordo com o comunicado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) “está empenhada na facilitação da movimentação de cargas, sobretudo gênero de primeiras necessidades, para abastecimento da população atingida pelas chuvas”.
O assunto ganhou repercussão a partir de vídeos nas redes sociais e reportagens de TV mostrando caminhões sendo barrados e multados pela fiscalização da ANTT.
O ministro da Secom chegou a divulgar uma lista com publicações consideradas falsas pelo governo. São citadas publicações feitas por jornais, influenciadores e parlamentares.
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