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O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, disse nesta segunda (11) que o governo deve tomar providências para a “responsabilização do problema de Maceió”, em referência ao colapso de parte da mina 18 da Braskem na cidade neste final de semana.
O trato com a petroquímica é visto com cautela pelo governo para se evitar estragos à empresa que afetem a estrutura mantida no polo petroquímico da Bahia, que tem a Braskem como uma das principais operadoras, e dos planos da Petrobras com a companhia.
“Precisamos monitorar a fim de defendermos e protegermos a questão ambiental e eu tenho absoluta convicção que depois as providências serão tomadas para responsabilização do problema de Maceió”, disse o ministro sem detalhar quais devem ser essas medidas.
O governo também corre para ocupar os principais postos da CPI da Braskem, que será instalada nesta terça (12) e capitaneada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) para minimizar o estrago na imagem da empresa por causa do colapso da mina. Calheiros faz parte do grupo político rival em Alagoas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e vem criticando a gestão da prefeitura do aliado do deputado, o prefeito João Henrique Caldas (PL-AL).
Silveira afirmou que o governo “agiu com rapidez na preservação da vida humana” na região afetada pelo colapso deste domingo (10). Segundo ele, os moradores do bairro do Mutange foram tirados do local ainda em 2019, quando se constatou o início do deslocamento de terra.
Mais recentemente, 40 famílias que viviam próximo à área de risco de colapso foram realocadas, segundo o ministro. Ele disse, ainda, que a região será monitorada dia e noite para avaliar os impactos ambientais – somente após uma constatação é que será avaliada a responsabilidade.
“O risco, na nossa compreensão, é um risco ambiental, que tem que ser considerado e, portanto, o monitoramento full-time [o tempo todo] daquele processo das cavidades de sal-gema no município de Maceió são uma grande prioridade”, completou.