Relatora Eliziane Gama (PSD-MA) conversa com o líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) durante sessão da CPMI| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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Por 20 votos a 11, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou todos os requerimentos do governo e rejeitou a maior parte dos apresentados pela oposição. Por uma série de votações em bloco nesta terça-feira (13), o colegiado privilegiou a tese da orquestração de um golpe, proposta pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA), em detrimento do foco nas omissões de autoridades federais.

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O plenário também decidiu manter nos requerimento aprovados o pedido de incluir acesso aos documentos de investigações sobre o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contestado pela oposição. Por 20 votos a 12, foi derrubada a proposta do deputado Felipe Barros (PL-PR) de excluir esse item por considerá-lo estranho ao tema da CPMI. Na pauta havia 285 requerimentos, sendo 181 para busca de informações, incluindo aqueles sem consenso.

Em seguida, o plenário do colegiado aprovou em bloco todos os requerimentos de governo e parte dos da oposição aceitos pelo presidente da mesa. Os oposicionistas já haviam apoiado os requerimentos do governo, mas se viram frustrados quando foram votados os da oposição.

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Entre os nomes que serão convocados para a CPMI do 8 de janeiro estão o tenente-coronel Mauro Cid, ex-funcionário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Principal nome que a oposição gostaria de levar ao colegiado, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, general Gonçalves Dias, não foi convocado. Aprovou-se apenas uma solicitação de informação ao GSI sobre a presença de Dias no Palácio do Planalto em 8 de janeiro.

A próxima sessão da CPMI será em 20 de junho.

Oposição criticou "blindagem" a Flávio Dino

Nos debates, os governistas criticaram o pedido de informação do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre a viagem do presidente Lula à Araraquara (SP) no 8 de janeiro e as imagens internas do Palácio do Itamaraty.

Do Val voltou a criticar o que considera parcialidade da relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), e um "esforço coordenado para blindar" o ministro Flávio Dino (Justiça) das "acusações de leniência com as invasões dos prédios públicos'. Além da presença de seis parlamentares do Maranhão que não apoiaram o pedido de CPMI, ele vê como indícios nessa direção a colocação em segundo plano da convocação de testemunhas que, segundo ele, comprovariam omissão do atual governo federal no dia 8 de janeiro

Felipe Barros (PL-PR) e Nikolas Ferreira (PL-MG) pediram a exclusão do requerimento para a quebra de sigilo dos documentos relacionados às investigações do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por falta de pertinência com o tema da CPMI, porém, não tiveram sucesso.

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) protestou com a exclusão dos requerimentos da oposição para se chamar a presença do fotógrafo da agência Reuters, Adriano Machado, que foi visto em imagens que sugeriam participar de uma encenação. O senador Magno Malta (PL-ES) e o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) também fizeram críticas nesse sentido.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]