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Valores podem ser resgatados

Governo nega que apropriação de “dinheiro esquecido” em contas bancárias seja confisco

Governo Lula quer usar dinheiro esquecido para tapar rombo fiscal
Governo Lula quer usar dinheiro esquecido para ajudar a tapar rombo fiscal, mas nega que proposta seja considerado confisco (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que o repasse de dinheiro esquecido em contas bancárias, aprovado pelo Congresso Nacional na última quinta-feira (12), "não representa confisco".

"O Projeto de Lei 1.847/24, trata de valores que cidadãos ou empresas esqueceram em algum banco, consórcio ou outra instituição, e não foram reclamados ou movimentados por mais de 25 anos", justifica a nota.

O PL em questão, que teve como relator o líder do governo do Senado, Jaques Wagner (PT), autoriza a apropriação de valores esquecidos em instituições financeiras para ajudar o governo a compensar a desoneração da folha e cumprir a meta fiscal. O governo federal, contudo, negou que a proposta represente um confisco.

"A previsão para incorporação desses recursos pelo Tesouro Nacional não é novidade, está prevista em legislação há mais de 70 anos, na Lei 2.313 de 1954. O objetivo do Projeto de Lei é a incorporação desses valores pelo Tesouro Nacional após 30 dias da publicação da lei", justificou a Secretaria de Comunicação da Presidência alegando que a medida "é boa para o Brasil". Leia a nota na íntegra abaixo.

Levantamento recente mostrou que há cerca de R$ 8,16 bilhões disponíveis para saques de clientes bancários (pessoas físicas e jurídicas) que “esqueceram” o dinheiro. Segundo com o Banco Central, cerca de 6,45 milhões de pessoas físicas e 1,7 milhão de pessoas jurídicas podem sacar o dinheiro através da plataforma do Sistema Valores a Receber (SVR).

Para resgatar os valores, é preciso acessar o site do Banco Central e solicitar o resgate. A plataforma pode ser ser acessada clicando aqui. Ao abrir a página, é preciso “consultar valores a receber”, informar o CPF ou CNPJ, a data de nascimento ou da pessoa falecida e realizar a consulta. Após informar todos os dados necessários e seguir o passo a passo na página, se todas informações estiverem corretas, o dinheiro será devolvido em até 12 dias.

Leia a íntegra da nota da Secretaria de Comunicação Social Presidência da República:

O Projeto de Lei 1.847/24, discutido e aprovado no Senado e na Câmara dos Deputados, trata de valores que cidadãos ou empresas esqueceram em algum banco, consórcio ou outra instituição, e não foram reclamados ou movimentados por mais de 25 anos.

A previsão para incorporação desses recursos pelo Tesouro Nacional não é novidade, está prevista em legislação há mais de 70 anos, na Lei 2.313 de 1954. O objetivo do Projeto de Lei é a incorporação desses valores pelo Tesouro Nacional após 30 dias da publicação da lei. No entanto, isso não significa que os cidadãos perderão o direito a esse dinheiro.

O Ministério da Fazenda publicará um edital no Diário Oficial da União com informações sobre esses valores e o recolhimento poderá ser contestado pelos que tiverem direito. A lei aprovada por deputados e senadores servirá para garantir como compensação para garantir a manutenção da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e dos municípios com até 156 mil habitantes. Esses recursos serão considerados para fim de cumprimento de meta primária, o que é bom para o Brasil.

Vale lembrar ainda que, desde o dia 7 de março de 2023, o Banco Central disponibiliza em seu site as informações sobre quem possui recurso esquecido em conta bancária e como requisitar o resgate de eventuais valores. O acesso e resgate desse dinheiro está disponível inclusive para familiares de pessoas que já faleceram.

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