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Petros e Funcef

Governo nomeia réu por gestão temerária em fundos de pensão para órgão da Previdência

Previdência
Alcinei Cardoso Rodrigues responde a um procedimento e uma ação penal por irregularidades na gestão do Petros e Funcef. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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O economista Alcinei Cardoso Rodrigues, que responde a uma ação penal e a um procedimento por gestão temerária de recursos de fundos de pensão como Petros e Funcef, foi nomeado pelo governo a um cargo da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), responsável por fiscalizar as entidades fechadas de previdência complementar.

A nomeação foi assinada no dia 12 de abril pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e tornada pública nesta semana em apuração do jornal O Globo. Segundo a publicação, Rodrigues foi nomeado ao cargo de diretor de normas da Previc, com a atribuição de propor aprimoramentos das diretrizes do setor previdenciário no próprio órgão em que responde a um procedimento.

O procedimento investiga a suspeita de irregularidades no fundo de pensão de funcionários da Caixa, o Funcef. Ele também é réu em uma ação penal na Justiça Federal por gestão temerária de recursos do fundo dos servidores da Petrobras, o Petros.

Este último foi alvo da Operação Greenfield, um desdobramento da Operação Lava Jato em Brasília, em 2019. Rodrigues e outras seis pessoas foram denunciados por terem aprovado um aporte de R$ 85 milhões do Petros em um fundo de participações entre os anos de 2008 e 2014, gerando prejuízo para o fundo. “Não observou os devidos ditames legais”, disse o Ministério Público Federal (MPF) à época.

Já a irregularidade no Funcef investigada pela Previc aponta um investimento no Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Sondas que também teria causado perdas aos funcionários. Rodrigues e outros gestores foram multados em R$ 40,3 mil no final do ano passado.

Rodrigues negou envolvimento nos casos, disse que os processos ainda não foram concluídos e afirma confiar na absolvição.

Já a Previc disse que o economista preenche os requisitos de reputação ilibada e formação compatível com o cargo. “Registre-se que não houve o trânsito em julgado no Poder Judiciário de nenhum dos processos mencionados de forma a afastar a reputação ilibada e a presunção de inocência garantida constitucionalmente”, afirmou o órgão.

A Casa Civil não se manifestou sobre a nomeação.

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