O secretário Inácio Arruda (PC do B), da Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), teve pelo menos 53 viagens pagas pelo governo federal ao Ceará, base do político que é ex-senador pelo estado.
O levantamento apurado pela Folha de S. Paulo publicado no fim da noite deste domingo (25) aponta que, na maioria delas, Arruda viajou numa quinta-feira e retornou na segunda. Ao todo, foram 77 viagens desde que tomou posse do cargo, mas 2 a cada 3 foram ao Ceará para “cumprimento de agendas relacionadas às atividades e compromissos decorrentes do seu cargo”, segundo informou o ministério.
A apuração apontou que as viagens resultaram no pagamento de 156 diárias ao secretário em 2023, totalizando R$ 79,3 mil, além de um custo adicional de R$ 491,7 mil em passagens aéreas.
Em fevereiro de 2024, por exemplo, Arruda viajou na quinta-feira que antecedeu o Carnaval e só retornou dez dias depois, no domingo seguinte ao feriado. A agenda pública oficial do secretário, no entanto, registra apenas um compromisso nesse período, uma reunião de 30 minutos com a pró-reitora adjunta de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 15 de fevereiro.
Nas redes sociais, Arruda também mencionou uma visita ao Instituto de Ciências do Mar da UFC, ocorrida em 9 de fevereiro. Além de Fortaleza, o secretário também esteve em Juazeiro do Norte, retornando apenas depois do fim de semana.
Questionado sobre o alto número de viagens ao Ceará, o MCTI justificou que todos os deslocamentos foram “estritamente para o cumprimento de agendas relacionadas às atividades e aos compromissos decorrentes do seu cargo”.
O ministério explicou ainda que Arruda, sendo do Ceará, recebe muitos convites de instituições locais, como universidades e centros de pesquisa, para tratar de assuntos pertinentes à sua atuação no ministério. Além disso, o órgão ressaltou que o secretário também representa a ministra Luciana Santos (do mesmo partido do secretário) em diversos compromissos em todo o Nordeste, não apenas no Ceará.
Já Arruda preferiu não se pronunciar sobre a apuração.
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