Itamaraty classificou ataques em Gaza como deploráveis e pediu cumprimento da resolução de cessar-fogo.| Foto: Mohammed Saber/EFE
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O Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta quinta (4) que repudia o ataque feito pelos militares israelenses que vitimou sete trabalhadores de uma ong humanitária na Faixa de Gaza, além da ação militar que destruiu o hospital Al-Shifa por dias e que se encerrou nesta semana.

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Na última segunda (1º), um ataque aéreo do exército israelense matou voluntários da ong World Central Kitchen que voltavam de uma missão de distribuição de alimentos no centro de Gaza. O ato levou o presidente de Israel, Isaac Herzog, a pedir desculpas ao fundador da organização, Jose Andres, e disse que houve um “erro de identificação”.

“O governo brasileiro reitera o firme repúdio a toda e qualquer ação militar contra alvos civis, sobretudo aqueles ligados à prestação de ajuda humanitária e de assistência médica”, disse o Itamaraty em nota (veja na íntegra).

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O ministério ainda ressaltou a “importância do cumprimento” da resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) no final de março que determina um cessar-fogo na região.

E também o cumprimento de cautelares determinadas pela Corte Internacional de Justiça em janeiro e ampliadas no mês passado, no âmbito do processo instaurado contra Israel com base na Convenção para a Repressão e Punição do Crime de Genocídio.

“Ao expressar sua solidariedade ao povo da Palestina e dos demais países de nacionalidade das vítimas (Austrália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Polônia), sobretudo a seus familiares, o Brasil lamenta que mais de 200 agentes humanitários tenham sido mortos na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Esse número é o maior da história da ONU e representa, em menos de seis meses de conflito, quase três vezes mais vítimas entre trabalhadores humanitários do que jamais registrado em um único conflito, no período de um ano”, completou a nota do ministério.

Após a manifestação de desculpas de Herzog, o tenente-general Herzi Halevi afirmou que o ataque aos voluntários da World Central Kitchen não foi intencional e que o erro de identificação ocorreu “à noite, durante uma guerra, em condições muito complexas”.

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“Lamentamos o dano não intencional aos membros da WCK. Compartilhamos a dor de suas famílias, bem como de toda a organização World Central Kitchen, do fundo de nossos corações. [As Forças de Defesa de Israel] continuarão a tomar medidas imediatas para garantir que mais seja feito para proteger os trabalhadores humanitários. Este incidente foi um erro grave. Israel está em guerra com o Hamas, não com o povo de Gaza”, completou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se pronunciou sobre o ataque das forças israelenses aos voluntários.

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