Governo e oposição travam nos bastidores uma última queda de braço em torno da abertura dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os atos de vandalismo no 8 de janeiro. A instalação está marcada para esta quinta-feira (25).
O senador Otto Alencar (PSD-BA), parlamentar governista e responsável por presidir a primeira sessão do colegiado, em razão de ser o membro mais idoso, informou nesta quarta-feira (24) que ainda fará uma reunião preliminar com os líderes do governo para averiguar as condições de seguir adiante, incluindo a indicação de dois membros faltantes.
“Meu compromisso é de abrir a CPMI às 9 horas e conduzir depois a eleição do presidente e do vice-presidente. Mas é o presidente eleito quem vai indicar o nome do relator”, disse. Ele não descarta a possibilidade de formar chapas com candidatos para esta vaga importante reservada ao Senado. Até então, o nome do senador Eduardo Braga (MDB-AM) era o mais cotado para a relatoria.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) revelou à Gazeta do Povo o temor da oposição de mais um artifício do governo para forçar o adiamento da estreia da comissão. Ele promete a ser o primeiro inscrito para exigir o andamento da sessão. “Não senti firmeza dos governistas a efetivar o colegiado”, disse.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também disse ao jornal que está acompanhando de perto as movimentações e vê a chance de emplacar um relator de perfil independente. Como membro suplente da CPMI, ele afirmou que seu papel será ativo na coordenação política da oposição. “Vamos adiante nesse importante trabalho, de mostrar a verdade dos fatos”, disse.
Otto Alencar prefere destacar o enfoque de aprofundar as investigações já conduzidas pela Justiça para identificar agentes e financiadores do vandalismo na Praça dos Três Poderes.
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