O governo confirmou nesta quarta-feira (21) que a Eletrobras estará na lista de empresas que serão privatizadas. O objetivo, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, é recuperar a capacidade de investimento da empresa. "Eletrobras é uma história crescente de incapacidade financeira. Se ela continuar assim, ela vai colapsar."
O ministro ressaltou que a Eletrobras é responsável por 32% da geração de energia elétrica do país e 43% da distribuição, por isso é importante o governo vender ações da companhia para que ela possa recuperar a sua capacidade de investimento. Ele não detalhou qual é a arrecadação esperada com a privatização. “A Eletrobras está lutando para sobreviver.”
Guedes confirmou que a União vai se desfazer da maior parte das ações que possui da companhia e, com isso, deixará de ser acionista majoritária. A Eletrobras vai virar uma corporation, ou seja, uma companhia de capital privado pulverizado sem acionista controlador.
O anúncio foi feito após reunião entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também estiveram presentes líderes partidários. No fim da tarde, uma lista com mais 16 estatais que serão vendidas ou fechadas deve ser divulgada.
Privatização passará pelo Congresso
A privatização da Eletrobras terá de ser aprovada primeiro pelo Congresso Nacional. O governo não definiu ainda se vai enviar um projeto de lei novo, para começar a tramitar do zero, ou se vai apresentar uma emenda substitutiva ao projeto já em tramitação, enviado pela gestão Temer, para acelerar o processo de privatização.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma nova reunião acontecerá para definir a melhor estratégia. A ideia é que o governo decida e envie o projeto “nos próximos dias”, segundo Maia.
O presidente da Câmara demonstrou que vai apoiar o projeto de privatização da companhia. Ele afirmou que a estatal precisa investir R$ 16 bilhões por ano, mas são investidos somente de R$ 3 a R$ 4 bilhões, devido a incapacidade financeira do Estado.
"O que a gente coloca de recurso na Eletrobras poderia ser recurso privado, que poderia estar sendo investido na revitalização do São Francisco, em projetos sociais, infraestrutura, e a gente está deixando de investir na melhoria da qualidade de vida porque a gente precisa que a Eletrobras mantenha um mínimo de investimento", explicou Maia.
Maia destacou, porém, que o governo vai precisar conseguir o apoio dos mesmos líderes partidários que garantiram 379 votos em favor da reforma da Previdência
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF