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Economia do Brasil

“Governo voltado aos pobres não é ameaça aos ricos”, diz Lula

Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais do Programa Morar Carioca, no bairro de Santa Cruz. Rio de Janeiro. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (30) que apesar do seu governo priorizar os mais pobres, os ricos não precisam ter medo, porque o governo não vai “tirar nada de ninguém”. Ele disse que os empresários devem ganhar dinheiro para contratar trabalhadores.

“Nós não queremos tirar nada de ninguém, [que] ninguém que seja rico tenha medo de nós. A gente quer que os empresários produzam, que os empresários ganhem dinheiro, porque, se eles estiverem produzindo e ganharem dinheiro, vão contratar trabalhador, vão pagar salário, o trabalhador vai virar consumidor”, disse ao participar da cerimônia de entregas de moradia no Rio de Janeiro. 

Lula ainda afirmou que “pouco dinheiro na mão de muitos muda o jogo” na economia do país. 

“Muito dinheiro na mão de poucas pessoas significa pobreza, analfabetismo, mortalidade infantil, fome, miséria, porque é muito dinheiro na mão de poucos, é concentração de riqueza. Mas pouco dinheiro na mão de muitos muda o jogo, todo mundo vai poder comprar um pouquinho, poder comer melhor, todo mundo vai na padaria, vai tomar um café, e a economia gira”, avaliou.

No evento, Lula fez elogios ao prefeito Eduardo Paes, que tenta reeleição nas eleições municipais deste ano, “possível melhor gerente de prefeitura que este país já teve”. O petista ainda destacou que a chave para os municípios terem acesso a recursos do governo federal é apresentar bons projetos.

“Quem quiser dinheiro do governo federal, não faça discurso. Apresenta projeto, porque se o projeto for bem apresentado e uma coisa possível de ser feita, não tem por que o presidente da República deixar de passar dinheiro.”

Crítica aos governos anteriores 

Como tem sido costume em outros eventos, o presidente Lula não poupou críticas aos governos anteriores, como o do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou a interrupção de programas sociais e obras públicas, como as moradias do Minha Casa, Minha Vida. 

“Lamentavelmente houve um período conturbado neste país, e gente teve um governo que esqueceu de fazer as coisas do povo e passou a contar mentira para esse povo. Encontrei, quando voltei, 87 mil casas que tinham sido começadas em 2011, 2012 e 2013, totalmente abandonadas”, lamentou, sem citar nomes de ex-presidentes.

O petista ainda ressaltou que o “povo pobre” só é lembrado nas eleições. “Na época da eleição, o povo pobre é muito falado no palanque, todo mundo gosta de pobre, elogia pobre e fala mal de banqueiro e empresário, porque a maioria é pobre e a maioria tem voto. Depois da eleição, nunca mais essas pessoas se lembram do pobre”, criticou.

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